A Visa (NYSE:V), uma líder global em pagamentos, está estendendo suas operações de liquidação em USDC para a rede blockchain Solana. Essa expansão foi feita em colaboração com os parceiros comerciais Worldpay e Nuvei, conforme um anúncio de 5 de setembro. Como resultado, certos vendedores que trabalham com WorldPay e Nuvei agora têm a opção de aceitar pagamentos em USDC em vez de dinheiro convencional ao realizar transações com cartões Visa.

A Visa também é negociada na B3 através do ticker (BOV:VISA34).

Cuy Sheffield, responsável pela divisão de criptomoedas da Visa, esclareceu a importância dessa ação em uma discussão na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. Ele indicou que desde 2021 a Visa tem testado o uso de USDC como um método de liquidação, iniciando com um projeto piloto junto à Crypto.com na Austrália. Esse projeto usou a rede Ethereum para liquidações através de uma conta gerenciada pela Circle.

A Visa planeja aplicar essa mesma estrutura ao seu trabalho com Solana, usando uma conta Circle específica para conduzir liquidações on-chain para WorldPay e Nuvei. Isso tornará possível que esses intermediários recebam pagamentos diretamente em stablecoins em vez de em moedas tradicionais.

A adoção de criptomoedas e, em particular, de stablecoins está ganhando terreno entre as instituições financeiras tradicionais, apesar de questões regulatórias ainda não resolvidas. Stablecoins estão cada vez mais no radar dessas entidades, especialmente por sua semelhança com as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs). A Mastercard (MA, MSCD34) também está se movimentando nesse sentido, lançando um Programa de Parceiros CBDC, enquanto a PayPal (PYPL, PYPL34) recentemente introduziu seu próprio stablecoin, o PYUSD.

O impulso para a incorporação de stablecoins não é meramente uma corrida para adotar tecnologia emergente. Há um reconhecimento crescente do seu potencial para ser uma alternativa competitiva no mundo financeiro. Como prova, o fundo de hedge Brevan Howard relatou que as stablecoins lastreadas em dólar movimentaram transações no valor de US$ 11 trilhões em 2022, quase rivalizando com o volume transacionado pela Visa e superando significativamente o volume do PayPal.