A Ford Motor Company (NYSE:F) firmou um acordo preliminar com o sindicato United Auto Workers, instigando seus maiores concorrentes a concluir uma greve que causou perdas bilionárias para o setor.
A Ford Motor Company também é negociada na B3 através do ticker (BOV:FDMO34).
Durante o período do contrato, que dura mais de quatro anos, a Ford assentiu em um aumento salarial sem precedentes de 25%. Considerando os ajustes pelo custo de vida, o salário pode chegar a um acréscimo de 33%, podendo ultrapassar US$ 40 por hora, conforme informações do sindicato.
O conselho de liderança do UAW irá deliberar sobre o acordo em 29 de outubro, após o qual necessitará da aprovação dos 57 mil empregados da Ford nos Estados Unidos, uma etapa que pode se estender por algumas semanas.
Shawn Fain, presidente do UAW, declarou triunfantemente: “Conquistamos avanços que muitos julgavam inatingíveis”. Ele também mencionou que, desde o início da greve, a oferta da Ford aumentou consideravelmente.
Na mesma linha, o presidente Joe Biden celebrou a união dos trabalhadores e congratulou tanto a Ford quanto o sindicato pelo consenso alcançado.
Embora as negociações tenham se concentrado fortemente na remuneração, houve outras pautas em discussão. Inicialmente, o sindicato almejava um aumento de 40% no salário e uma semana laboral de 32 horas. A Ford, em uma ação anterior, aceitou ajustar o custo de vida e promover contratações temporárias a posições permanentes, além de acelerar a progressão salarial dos trabalhadores.
Algumas questões, como salários e benefícios nas fábricas de baterias, permanecem sem detalhamento público.
Outras montadoras, como General Motors (GM, GMCO34) e Stellantis (STLA), são esperadas para seguir os termos negociados, conforme fontes familiarizadas com o processo.
A greve, iniciada em 15 de setembro, teve consequências massivas para a indústria, impactando várias montadoras simultaneamente. Estima-se que as perdas financeiras para GM, Ford e Stellantis atinjam cerca de US$ 2,1 bilhões.
Com esse acordo, Fain tem a visão de que o sindicato pode retomar benefícios perdidos há mais de uma década durante a crise financeira. Se ratificado, o contrato será uma mudança sem precedentes na indústria automobilística, marcando uma era de maior ativismo trabalhista nos Estados Unidos.