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O Banco Popular da China executou operações de empréstimo de médio prazo (MLF) totalizando 789 bilhões de yuans na segunda-feira. O banco central optou por manter a taxa de juro do empréstimo de política de um ano estável em 2,5%, em linha com as projeções do mercado.
Esta medida, a maior operação desde novembro de 2022, teve como objetivo garantir ampla liquidez no sistema bancário, afirmou o banco central.
De acordo com dados do fornecedor local Wind citados pelo Wall Street Journal, ultrapassou os 500 mil milhões de yuans em empréstimos do MLF com vencimento previsto para segunda-feira.
“Os decisores políticos parecem estar a controlar as taxas de juro enquanto monitorizam o impacto dos estímulos específicos anunciados desde Agosto”, afirmaram analistas da Pantheon Macroeconomics, acrescentando que a última injecção do MLF “provavelmente pretendia aumentar a capacidade de crédito do sistema bancário para manter o crescimento do crédito”. nestas áreas, facilitando assim as medidas específicas existentes.”
Além disso, na segunda-feira, o banco central também realizou 106 bilhões de yuans em acordos de recompra reversa de sete dias, com a taxa de juros também inalterada em 1,8%.
A decisão de manter as taxas de juro inalteradas ocorre num momento em que as autoridades continuam a implementar medidas de apoio para estimular a contracção de empréstimos, face às preocupações de uma desaceleração da recuperação económica interna.
Wen Bin, economista do China Minsheng Bank, disse que o aumento da injeção de liquidez era necessário para resolver as deficiências de financiamento decorrentes do aumento da emissão de dívida do governo local, de novos empréstimos bancários e da cobrança antecipada de impostos em outubro.
Stone Zhou, diretor de Mercados Globais da UOB China, disse que as últimas operações mostram que “o PBOC espera fornecer liquidez para aliviar o estresse no mercado”, informou a Reuters.
Até agora, o PBOC reduziu a taxa do MLF duas vezes este ano para reduzir os custos dos empréstimos.
No entanto, a Reuters informou, citando Xing Zhaopeng, estrategista sênior para a China da ANZ, que a decisão do PBOC de não cortar as taxas não exclui um corte de cinco pontos base na taxa básica de empréstimos de um ano na sexta-feira.
“Acreditamos que o PBOC manterá seu ritmo de flexibilização em uma medida por mês”, disse Xing, citado pela agência de notícias.
Analistas da Pantheon disseram esperar que a taxa LPR de um ano permaneça estável até dezembro.
“A China também provavelmente adicionará estímulo fiscal ou quase fiscal até o final do ano, por meio de títulos especiais adicionais do governo local, financiamento de bancos políticos ou títulos de veículos de financiamento do governo local em regiões mais fortes”, acrescentou Pantheon.
