A Casas Bahia iniciou a estruturação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para captar inicialmente R$ 600 milhões, com objetivo de otimizar a operação de crediário, disse a companhia.
O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:BHIA3) nesta terça-feira (08).
A estruturação e gestão do FIDC estão sendo conduzidas pela Polígono Capital, enquanto a administração é do BTG Pactual. Após a primeira captação, o fundo “poderá contar com aportes adicionais chegando até um capital total de R$ 1,5 bilhão”, disse a segunda maior empresa de comércio varejista do país.
Os FIDCs funcionam com um condomínio de investidores, tendo como principal regra a aplicação mínima de 50% dos recursos em Direitos Creditórios, provenientes de créditos que uma empresa tem a receber.
Isso permite, por exemplo, que a empresa antecipe o recebimento de parcelas de cartão de crédito que seriam pagas por consumidores em um prazo maior, em troca de uma taxa que remunera os investidores do fundo.
Segundo a Casas Bahia, a efetiva estruturação do FIDC está sujeita à obtenção das aprovações necessárias, “incluindo as respectivas aprovações societárias aplicáveis, bem como às condições políticas e macroeconômicas nacionais e internacionais e ao interesse dos investidores”.
As ações ordinárias da Casas Bahia encerraram o pregão de terça-feira em alta de 11,76% na B3, a R$ 0,57. No acumulado do ano, os papéis caem 76,25%.