ChargePoint enfrenta queda de ações após resultados fracos no 3º tri e mudanças na gestão

As ações da ChargePoint (NYSE:CHPT), uma das principais fabricantes de equipamentos de carregamento para veículos elétricos, sofreram uma queda acentuada na sexta-feira (17). Esse declínio veio após a empresa divulgar uma previsão de receita para o terceiro trimestre significativamente inferior ao esperado, acompanhada de mudanças importantes em sua liderança.

A ChargePoint também é negociada na B3 através do ticker (BOV:C2HP34).

ChargePoint informou na noite de quinta-feira que as receitas do terceiro trimestre ficariam entre US$ 108 milhões e US$ 113 milhões, bem abaixo da estimativa anterior, que variava entre US$ 150 milhões e US$ 165 milhões. Analistas de Wall Street esperavam receitas em torno de US$ 150 milhões.

A discrepância nas receitas surgiu no final do trimestre fiscal da ChargePoint, que terminou em outubro, logo após a empresa começar a consolidar seus resultados financeiros.

Além disso, a ChargePoint revelou que irá registrar uma despesa não monetária de US$ 42 milhões, cujo motivo não foi claramente explicado no comunicado.

Apesar das despesas operacionais estarem em linha com as expectativas, em torno de US$ 80 milhões, a ChargePoint encerrou outubro com aproximadamente US$ 400 milhões em caixa e uma linha de crédito rotativo não utilizada de US$ 150 milhões.

Esta atualização negativa pegou o mercado de surpresa, resultando em uma queda de cerca de 27% no valor das ações da ChargePoint nas negociações pré-mercado de sexta-feira. Enquanto isso, o S&P 500 manteve-se estável, e o Nasdaq Composite apresentou um leve aumento de 0,2%. Antes da divulgação dos resultados do terceiro trimestre, as ações da ChargePoint já haviam registrado uma queda de 75% em 12 meses.

Rick Wilmer, CEO da empresa, atribuiu os resultados insatisfatórios a pressões nos principais mercados da empresa, América do Norte e Europa. Ele citou as condições macroeconômicas adversas e atrasos nas entregas de frotas e veículos comerciais como fatores que afetaram negativamente as implantações com clientes governamentais, concessionárias e locais de trabalho.

Os efeitos de taxas de juros mais elevadas também foram sentidos, pois afetaram a capacidade e disposição dos construtores em instalar infraestruturas de carregamento, refletindo a desaceleração econômica pretendida pelo Federal Reserve.

Essa queda nas vendas marca o segundo trimestre consecutivo de desempenho abaixo do esperado para a ChargePoint, o que levou a mudanças na liderança da empresa. Wilmer sucedeu Pat Romano como CEO, e Mansi Khetani assumiu o cargo de CFO, substituindo Rex Jackson.

Apesar dos desafios, a ChargePoint se mantém como líder no mercado americano de carregamento de veículos elétricos, superando os números de vendas de concorrentes como Wallbox (WBX), EVgo (EVGO), Blink Charging (BLNK) e Beam (BEEM).