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CSN (CSNA3): lucro líquido de R$ 90,794 milhões no 3T23, recuo de 61,8%

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A CSN registrou lucro líquido de R$ 90,794 milhões no balanço do terceiro trimestre, um desempenho 61,8% inferior aos R$ 237,632 milhões de igual período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 2,815 bilhões, alta de 4%, com margem de 24,3% (+0,5 p.p.).

A receita líquida subiu 2%, para R$ 11,125 bilhões, com lucro bruto 11% maior, para R$ 2,805 bilhões. A margem bruta ficou 25,2%, ante 23% de um ano antes.

“Esse crescimento de rentabilidade reflete o forte desempenho operacional verificado no período, além do efeito positivo do aumento do câmbio nas vendas para o mercado externo”, informou a empresa.

As vendas de aço, por tonelada, recuaram 12%, sendo retração de 13% no mercado interno e de menos 10% no externo. As vendas de minério subiram 28%, sendo mais 57% no mercado interno e mais 24% no externo.

Na mensagem que acompanha o balanço, a CSN informa que atingiu novo recorde histórico de produção e vendas, registrando um volume de 11,6 milhões de toneladas comercializadas no 3T23.

“No lado da produção, houve significativa melhora no mix em favor da produção própria, aumentando a rentabilidade da operação e colocando a Companhia em posição confortável para revisar o seu guidance de volume.”

“Adicionalmente, quando se observa a melhora operacional com o forte aumento no preço realizado, chega-se ao sólido Ebitda ajustado de R$ 2,0 bilhões da mineração no 3T23, com margem Ebitda ajustada de 45,4%”, acrescenta.

Sobre os preços, a CSN afirmou que o trimestre foi marcado por quedas nos preços do aço tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo, pressionados por uma maior participação de material importado.

“Isso acabou por compensar a queda no custo de produção verificado no período. Como consequência, o Ebitda ajustado da siderurgia atingiu R$ 183 milhões no 3T23, com margem ajustada de 3,4%.”

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 8,320 bilhões, redução de 4,9% em relação ao trimestre anterior, refletindo a normalização da produção na siderurgia, mas semelhante na comparação anual – foi de R$ 8,358 bilhões no 3T22.

As Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas totalizaram R$ 1,175 bilhão no 3T23, sendo 8,6% superiores ao registrado no 2T23, como consequência do maior volume comercializado na mineração, acarretando maiores despesas com fretes.

CSN: mais resultados financeiros

No 3T23, o resultado financeiro foi negativo em R$ 1,223 bilhão, com alta anual de 285%, mas estável na comparação trimestral, pela manutenção do custo da dívida e menor impacto das ações da Usiminas. Na comparação anual, houve piora das despesas financeiras, em 120%.

A dívida líquida ajustada ficou em R$ 29,939 bilhões, alta de 23% na comparação anual. O caixa e as disponibilidades subiram 6%, a R$ 15,991 bilhões. Assim, a alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, ficou em 2,63 vezes, ante 1,69 vez do terceiro trimestre de 2022.

“Após a forte geração de caixa verificada no período, a CSN avançou na redução do índice de endividamento, registrando uma alavancagem de 2,63 vezes no 3T23”, destaca a empresa.

“Com a expectativa de melhores resultados nos próximos trimestres, principalmente no segmento de siderurgia, a alavancagem deve reduzir ainda mais e convergir para os guidances da Companhia”, completou.

Na linha dos investimentos, a CSN aplicou R$ 1,191 bilhão no 3T23, um valor 20,2% superior em relação ao montante investido no 2T23, com destaque para os reparos nas baterias de coque na UPV e reparos gerais nas operações de siderurgia.

No segmento de mineração, destacam-se os investimentos correntes para manutenção da capacidade operacional e avanço nos projetos de expansão (principalmente relacionados a P15, recuperação de rejeitos das barragens e expansão do porto Itaguaí), acompanhado dos investimentos correntes nas operações de Cimento.

A receita líquida ajustada totalizou R$ 4,31 bilhões no 3T23, com um avanço anual de 72%

Projeções CSN

A CSN informou ainda alterações em algumas de suas projeções. Entre elas, a substituição na projeção de produção de minério de ferro mais compras de terceiros de um patamar entre 39.000 kton e 41.000 kton para 42.000 kton e 42.500 kton no fechamento de 2023.

Além disso, vai trocar custo caixa C1 na mineração de um patamar entre US$ 19/ton a US$ 21/ton para US$ 22/ton em 2023.

Enquanto isso, alterou a a projeção de alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/Ebitda Ajustado de um patamar entre 1,75x e 1,95x para um nível entre 2,00x e 2,50x no fechamento do balanço anual de 2023 e abaixo de 2,0x no fechamento do balanço anual de 2024.

Também comunicou a remoção da projeção de volume de vendas de aço de 4.670 kton em 2023 e a remoção da projeção de atingir um Ebitda por tonelada na siderurgia de US$ 165/ton em 2023.

Os resultados da CSN (BOV:CSNA3) referente suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 13/11/2023.

Teleconferência

A CSN espera conseguir realizar em 2024 dois projetos antigos da companhia, listar ações de sua crescente unidade de produção de cimento e encontrar um sócio para a área de energia reforçada com a aquisição da CEEE-G em 2022, afirmou o diretor financeiro do grupo, Marcelo Cunha Ribeiro, nesta terça-feira.

A companhia tem meta de chegar ao final de 2024 com uma relação dívida líquida sobre Ebitda abaixo de 2 vezes ante um nível de alavancagem obtido ao final de setembro de 2,63 vezes, e para chegar lá a empresa segue com os planos de “reciclagem de capital” que vem preparando há vários trimestres.

O “IPO em cimentos e sócio para energia são os fatores que fazem a conta fechar. Dá para ser feito ao longo de 2024”, disse Ribeiro, citando a expectativas de um mercado de capitais “mais forte” no próximo ano, além de melhoria da performance da área de siderurgia após investimentos em reformas e manutenções neste ano.

Mas a empresa não esconde interesse em novas aquisições, especialmente em cimentos, onde adquiriu 10 fábricas do grupo Lafarge-Holcim em 2021, tornando-se a terceira maior produtora do material no Brasil, atrás de Votorantim e Intercement.

Ribeiro afirmou que o setor de cimento segue fragmentado no Brasil e que “não se pode descartar que surjam novas oportunidades tanto em cima quanto embaixo do ranking” dos maiores produtores nacionais.

Há uma semana, a CSN anunciou que contratou o Morgan Stanley para analisar ativos do grupo Intercement, controlado pela Mover Participações, ex-grupo Camargo Corrêa.

“Acreditamos que seriam limitados os pontos e regiões onde teríamos dificuldades em implementar novas oportunidades de crescimento inorgânico”, disse o diretor financeiro da CSN sobre o mercado de cimentos no Brasil.

O segmento teve margem Ebitda de 23% no terceiro trimestre, apoiada em alta de preços, enquanto a companhia espera uma evolução em direção a um patamar acima dos 30% nos próximos trimestres. Um ano antes, a margem havia sido de 33%.

No segmento de aço, a CSN avalia que o cenário para demanda e preços da liga no Brasil no quarto trimestre deve ficar estável na comparação com o terceiro, em meio a um ambiente ainda marcado por fortes importações, afirmou o diretor comercial da companhia, Luis Fernando Barbosa Martinez.

“Tem ainda muito material importado no mercado. A tendência é cair até o final do ano essa importação”, afirmou o executivo, citando que o chamado prêmio – o quão mais caro é o preço nacional versus o internacional – de aço laminado a quente é de 15% enquanto nos materiais zincados, foco da CSN, está em 27%.

A empresa divulgou na noite da véspera queda de 62% no lucro do terceiro trimestre, com um resultado operacional levemente acima que o esperado pelo mercado. As ações da empresa tinham alta de 6,65% por volta das 13:40, enquanto o Ibovespa .BVSP mostrava valorização de 2,3%.

A área de siderurgia conseguiu elevar em 26% o volume de placas produzidas no terceiro trimestre sobre o segundo, no que o presidente-executivo, Benjamin Steinbruch, citou como “retorno da normalidade” para a divisão marcada por gargalos operacionais na primeira metade do ano.

Steinbruch afirmou que a expectativa da CSN é melhorar o volume de produção, com redução de custo, no atual trimestre. A empresa conseguiu reduzir o custo de placa no terceiro trimestre em 13,4% sobre o segundo, para R$ 3.563 por tonelada, e os dados de outubro “mostram números mais baixos que esses 3.500”, disse o diretor financeiro.

“A margem, sim, vai ter direção bem positiva no quarto trimestre, buscando duplo dígito ao longo dos próximos trimestres” disse Ribeiro sobre a divisão de siderurgia. No terceiro trimestre, a margem Ebitda da área foi de 3,4%, ante 16,3% um ano antes.

O presidente da CSN também se juntou ao coro de executivos do setor siderúrgico nacional, que inclui Gerdau, Usiminas e ArcelorMittal, que cobram do governo a adoção de tarifa de 25% sobre importação de aço. “Já é tempo de o governo tomar atitudes duras para proteger o emprego e o crescimento da economia.”

VISÃO DO MERCADO

Citi

O Citi avalia que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresentou resultados acima do esperado no terceiro trimestre, impulsionado por melhores resultados da CSN Mineração no período.

Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott escrevem que o Ebitda de R$ 2 bilhões superou expectativas de R$ 1,7 bilhão, com volumes de produção e embarques recordes do minério de ferro, além de melhores tendências de preços e custos.

Já a unidade de siderurgia teve números fracos, o que era esperado, com o Ebitda perto da estabilidade, pressionado por menores preços e volume do aço em meio à importação do produto da China.

O resultado consolidado da CSN teve Ebitda de R$ 2,8 bilhões, acima do esperado em R$ 2,5 bilhões. A empresa também teve geração de caixa positiva em R$ 1 bilhão, ajudando a reduzir dívida e alavancagem.

O Citi tem recomendação neutra para CSN, com preço-alvo em R$ 12,75, potencial de alta de 0,87% sobre o fechamento de ontem.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters e TC

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