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Eletrobras (ELET3): lucro líquido de R$ 1,477 bilhão no 3T23

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A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 1,477 bilhão em seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2023, revertendo prejuízo líquido de R$ 100 mil de um ano antes.

O resultado veio praticamente em linha com o consenso LSEG, que previa lucro líquido de R$ 1,44 bilhão.

No que diz respeito à receita líquida, a empresa alcançou R$ 8,781 bilhões entre julho e setembro, representando uma elevação de 9% em relação ao mesmo período de 2022, mas abaixo dos R$ 9,5 bilhões previstos pelo consenso LSEG.

A receita operacional líquida recorrente também avançou 9%, para R$ 8,749 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês) somou R$ 4,815 bilhões no trimestre, alta de 99% ante igual período do ano anterior e em linha com os R$ 4,82 bilhões previstos pelo consenso LSEG. O Ebtida recorrente, que exclui custos e provisões de ativos e planos, aumentou 42% no terceiro trimestre, para R$ 5,431 bilhões.

A margem Ebitda alcançou 55% no período, alta de 25 pontos porcentuais (p.p.) na base anual, enquanto a margem Ebitda recorrente subiu 12,3 pontos percentuais (p.p.) no trimestre, para 52% na mesma base de comparação.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) atingiu 2,7% no 3T23, baixa anual de 1,7 p.p.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 3,119 bilhões no terceiro trimestre de 2023, uma elevação de 71% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

A Eletrobras investiu R$ 1,864 bilhão no terceiro trimestre de 2023, um crescimento de 88% na comparação ano a ano.

Em 30 de setembro de 2023, a dívida líquida ajustada da companhia era de R$ 39,107 bilhões, um crescimento de % na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida ajustada/Ebitda ajustado, ficou em 2,0 vezes em setembro de 2023, alta de 0,2 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Em relatório encaminhado ao mercado, a Eletrobras destacou que a melhora reflete as maiores receitas de transmissão e a redução das despesas operacionais, em especial as provisões operacionais. A empresa salientou que ao longo do terceiro trimestre reduziu o estoque de empréstimo compulsório para R$ 19,056 milhões, 26,1% a menos quando comparado ao estoque do terceiro trimestre do ano passado.

Os resultados da Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET5) (BOV:ELET6) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/11/2023.

Teleconferência

Na teleconferência de resultados do 3T23, Ivan Monteiro, CEO da Eletrobras, fez uma abertura que soou como uma resposta às críticas que recebeu a empresa após o apagão no país em agosto. É a primeira participação do executivo em uma apresentação de balanço da companhia desde a saída de Wilson Ferreira Júnior da presidência, um dia antes do registro de colapso de energia.

“É natural que a gente buscasse no primeiro momento (após a privatização) a eficiência operacional com redução do PMSO (despesas com pessoal, material, terceiros e outras). Já anunciamos dois planos de demissão voluntária [PDV]. O primeiro bastante avançado e o segundo recente, só que em andamento, com foco muito claro: jamais colocar em risco a segurança das operações da companhia”, disse a analistas.

Os dois PDVs têm previsão de economia à empresa de R$ 1,870 bilhão.

  • Busca de eficiência

“A busca da eficiência é sempre presente por que ao fim e ao cabo ela vai redundar em benefício para os consumidores. Essa também é orientação do regulador ao fixar parâmetros claros em que a companhia deve buscar uma eficiência comparável aos seus pares, e sempre o benefício como resultado final de tarifas menores possíveis para o consumidor”, complementou.

O CEO afirmou que a agenda de investimento está “claramente acelerada”, com foco em modernização e reforços e melhorias. “A confiabilidade de nossos ativos de geração e transmissão são fundamentais para o bom funcionamento do sistema como um todo, e isso são nossas prioridades”, ressaltou, expressando mais uma vez a preocupação da empresa com a operação de seus ativos de energia.

  • Prioridade é na melhoria de seus empreendimentos

Ivan Monteiro comentou também que o crescimento inorgânico da empresa está no foco, mas mencionou que a prioridade são os ativos existentes. Ele também anunciou participação da Eletrobras no próximo leilão de transmissão.

“As expansões se darão com a participação em leilões – ganhamos um lote no último leilão anunciado e estamos nos preparando para o próximo leilão em dezembro. Mas não esperem da Eletrobras grandes aquisições, ativos no exterior. Isso não é uma prioridade. A prioridade é de ativos existentes que são de extrema qualidade, buscar a sua modernização e, novamente, ‘linkar’ com a agenda de busca de eficiência”, comentou.

  • Sem medo do preço de energia

Sobre o futuro, o CEO disse que Eletrobras “não tem medo da discussão do preço da energia e dos níveis que o preço de energia se situam”. Ele explicou que a empresa tinha 30 clientes e hoje tem 250 e pretende ter mais.

“Essa busca de clientes passa por criação e uma área de comercialização que vai ficar localizada no Estado de São Paulo, e a construção de mesa de trade energia focada exclusivamente na nossa energia”, destacou.

Monteiro afirmou que a companhia tem conversado com setores de siderurgia, papel e celulose e mineração dentro do foco de atender empresas. “A companhia será vocacionada para clientes e gerar soluções para clientes”, pontuou.

  • Negócios e aderência

Eduardo Haiama, CFO da Eletrobras, destacou no período a venda da termoelétrica de Candiota (RS), do desfazimento da participação minoritária na Copel, da aquisição da UHE Baguari (MG) da Cemig e Neoenergia e a consolidação da aquisição da UHE Teles Pires (MT).

“Na racionalização das SPEs (sociedade de propósito específico), muito mais importante do que reduzir o número em si é melhorar essa estrutura. Desde o início do processo, reduzimos mais de 100 SPEs e incorporamos quase 2 GW para o nosso portfólio”, afirmou o CFO.

De acordo ainda com Haiama, todas essas ações “visam única e exclusivamente no portfólio a aderência às grandes linhas de negócios que é geração e transmissão”.

VISÃO DO MERCADO

O Citi afirmou que a Eletrobras apresentou mais um forte conjunto de resultados no terceiro trimestre, com destaque para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de R$ 5,6 bilhões, em linha com a projeção do banco.

O lucro da empresa de R$ 1,47 bilhão foi afetado por ajustes contábeis e regulatórios, caso contrário teria atingido R$ 2,8 bilhões.

“Os números operacionais estavam exatamente alinhados com as projeções, e considerando que a ação da empresa está bastante barata, recomendamos compra”, diz o relatório assinado por Antonio Junqueira e Guilherme Bosso.

Além da recomendação de compra, o Citi estipula um preço-alvo de R$ 51 para a ação, com potencial de valorização de 35%.

“Achamos que a ação oferece um fator risco/recompensa favorável nos preços atuais e também vemos uma trajetória interessante para os próximos três anos, em direção a um forte pagamento de dividendos”, completou o relatório.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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