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Ações do Grupo SBF saltam, e analistas apontam que as principais linhas superaram as projeções

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O Grupo SBF, controlador da Centauro, reportou lucro líquido ajustado de R$ 55,3 milhões no terceiro trimestre de 2023, montante 61,4% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia.

No que diz respeito à receita líquida, a empresa alcançou R$ 1,793 bilhão entre julho e setembro, representando uma alta de 22% em relação ao mesmo período de 2022.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), por sua vez, foi de R$ 271,6 milhões, apresentando uma redução de 89,6% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 835,6 milhões no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 18,6% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 46,6% no 3T23, baixa de 1,3 p.p. frente a margem do 3T22.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 56,8 milhões no terceiro trimestre de 2023, ante R$ 40,7 milhões negativos da mesma etapa de 2022.

Em 30 de setembro de 2023, a dívida líquida ajustada da companhia era de R$ 1,658 bilhão, um crescimento de 59,1% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,99 vez em setembro/23, alta de 0,64 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Grupo SBF (BOV:SBFG3) referente suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 13/11/2023.

VISÃO DO MERCADO

Pouco mais de três meses atrás, as ações do Grupo SBF, dono da Centauro e da operação da Nike no Brasil, desabaram quase 26% na sessão pós-balanço (em 8 de agosto), com endividamento e maior necessidade de capital de giro se destacando entre as principais preocupações após o resultado.

Já na sessão desta terça-feira (14), após o resultado do terceiro trimestre de 2023 (3T23), o movimento é diametralmente oposto: os papéis saltavam 20,88%, a R$ 9,67, às 12h44 (horário de Brasília).

A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 55,3 milhões no período, montante 61,4% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022. A receita líquida alcançou R$ 1,793 bilhão entre julho e setembro, representando uma alta de 22% em relação ao mesmo período de 2022.

Bradesco BBI

Conforme destaca o Bradesco BBI, os resultados foram surpreendentes, impulsionados pela maior alavancagem operacional, com os números ficando acima das suas expectativas e do consenso da receita ao lucro.

O consumo de caixa melhorou sequencialmente, de quase R$ 136 milhões no 2T23 para R$ 40 milhões no 3T23, assim como o endividamento (3,0 vezes a relação Dívida Líquida/Ebitda, ante 3,4 vezes no 2T23).

Os analistas apontam que as principais linhas melhoraram sequencialmente, embora ainda sob pressão. O crescimento anual das vendas líquidas de 22% foi uma recuperação frente aos 8,9% no 2T23 e acima das projeções da casa, impulsionado principalmente pela recuperação do canal atacadista Fisia (Nike), que reverteu da contração de 20,6% no 2T23, para uma alta de 18,4% no 3T23, e na aceleração do canal digital (que teve crescimento acelerado de 41,3% no 2T23 e de 62,9% no 3T23) devido à migração para o 3P e preços agressivos.

“A expansão da margem Ebitda ajustada de 2,40 pontos percentuais (pp) ficou 2,00 pp acima de nossas expectativas, impulsionada principalmente pela alavancagem operacional e despesas gerais e administrativas controladas (aumento de 9%, enquanto as receitas aumentaram 22%), o que mais do que compensou a compressão da margem bruta de 1,60 pp (devido principalmente a remarcações de estoque)”, aponta.

Isso levou ao lucro líquido de R$ 55,3 milhões, que foi substancialmente melhor do que a sua estimativa de R$ 17 milhões.

Na visão dos analistas do banco, o resultado deixa espaço para que as estimativas de lucros sejam revisadas para cima.

“As novas indicações positivas dos fundamentos, combinadas com melhores perspectivas de capital de giro em direção ao 4T23 podem, pelo menos por enquanto, trazer algum alívio para a tese”, apontam.

Por outro lado, o BBI pondera que a consistência continua a ser fundamental e espera que os investidores continuem monitorando a capacidade da empresa de melhorar de forma sustentável a conversão de caixa tanto em termos de capital de giro como de rentabilidade.

“Os resultados do 3T23 nos levaram a revisar nossos lucros para 2024 para cima em 5% —e agora estamos 13% acima do consenso e, mesmo assim, vemos SBFG3 sendo negociada a 6,1 vezes o múltiplo P/L, o que é um desconto significativo para os pares (quase 48%). Se a empresa mostrar consistentemente o seu caminho de desalavancagem e de relançamento do crescimento do lucro nos próximos trimestres, o espaço para uma potencial reclassificação será significativo”, aponta.

Assim, manteve recomendação de compra e elevou o preço-alvo para R$ 14,00 ao final de 2024 (de R$ 13,00).

XP

A XP destaca ser interessante notar que: i) os estoques da Fisia atingiram um ponto de inflexão e devem levar a despesas de royalties mais normalizadas, no futuro; ii) a empresa finalizou a migração da Fisia para o centro de distribuição de Extrema-MG, o que deve contribuir para reduzir os custos nos próximos trimestres; iii) a alavancagem diminuiu, embora a empresa espere que ela diminua ainda mais para níveis históricos no 4T, devido à sazonalidade habitual e a menores compras; e iv) a SBF destacou que a concorrência permanece difícil tanto para a Centauro quanto para a Fisia, frente aos altos estoques de diferentes players em todos os canais.

“O Grupo SBF registou resultados do 3T23 melhores, com um EBITDA acima do esperado devido à diluição das despesas e à alavancagem operacional. Mantemos nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 10 por ação”, aponta a casa.

BTG Pactual

O BTG Pactual também tem recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 12. O banco ressalta a recuperação da receita, com vendas agressivas e aumento de preços da Fisia. “O Grupo SBF apresentou forte recuperação em seus números operacionais, superando nossas estimativas, embora o capital de giro continue sendo um ponto de atenção”, reforça.

Eleven

A Eleven também ressalta que a companhia apresentou resultados trimestrais com bons sinais de melhora. Contudo, mantém recomendação neutra.

“Ainda enxergamos riscos de execução na reestruturação com foco em rentabilização e um desempenho fraco na operação de Centauro. Além disso, a alavancagem financeira de 2,98 vezes a Dívida Líquida Ajustada/Ebitda (ex-IFRS) também deve continuar pressionando a última linha, apesar da queda de juros”, avaliam os analistas.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters e TC

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