A indústria de construção britânica sofreu um segundo mês de retração em outubro, à medida que os custos mais elevados dos empréstimos atingiram as construtoras e as preocupações com a economia fraca afastaram os clientes de novos investimentos, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de construção do S&P Global/CIPS do Reino Unido melhorou apenas marginalmente para 45,6 em relação aos 45,0 de setembro, que foi a leitura mais baixa desde maio de 2020, quando a Grã-Bretanha estava sob um bloqueio da COVID.

A leitura de outubro permaneceu bem abaixo do limite de crescimento de 50,0.

O PMI para todos os setores – que inclui pesquisas para serviços e manufatura, divulgadas na semana passada, bem como para construção – subiu para 48,4, ante 48,2 de setembro, sua leitura mais baixa desde janeiro de 2021.

O sector da construção tem sido a vítima mais óbvia até agora da série de aumentos das taxas de juro do Banco de Inglaterra entre Dezembro de 2021 e Agosto deste ano.

Na semana passada, outra pesquisa mostrou que o setor encolheu nos três meses até setembro no ritmo mais rápido desde o início da pandemia.

O componente de construção de moradias do PMI de segunda-feira melhorou apenas ligeiramente e permaneceu profundamente em território de contração. As empresas de engenharia civil também relataram uma retração.

À medida que o novo trabalho se esgotava, os níveis de confiança atingiram o seu nível mais baixo até agora em 2023, devido às preocupações com a economia e aos elevados custos dos empréstimos. Os empregos no setor cresceram no ritmo mais lento desde junho.

A fraqueza traduziu-se na maior queda nos preços pagos pelas empresas de construção desde Agosto de 2009 e as taxas cobradas pelos subempreiteiros caíram pela primeira vez em mais de três anos, potencialmente aliviando alguma pressão inflacionista na economia.