Exxon Mobil aproveita deduções fiscais maciças e reduz impostos para 3% nos EUA

A Exxon Mobil (NYSE:XOM), gigante do setor de petróleo e gás, viu uma redução significativa em seus pagamentos de imposto de renda para o governo dos EUA nos últimos cinco anos, caindo para uma taxa média de apenas 3%.

A Exxon Mobil também é negociada na B3 através da BDR (BOV:EXXO34).

Esse declínio é atribuído às amplas deduções fiscais implementadas durante a administração Trump. Apesar da taxa corporativa média de 20 anos da empresa ser muito mais alta, as políticas recentes permitiram que a Exxon se beneficiasse de um regime fiscal extremamente favorável.

Especialistas apontam que essa tendência de baixa tributação pode continuar, mesmo diante da necessidade do governo de financiar iniciativas contra as mudanças climáticas.

O novo imposto mínimo corporativo de 15% proposto pelo presidente Joe Biden não parece ter impacto significativo nessas deduções.

A Exxon, que teve um lucro interno de US$ 28,3 bilhões no último ano, pagou apenas 2,5% em impostos, muito abaixo da alíquota federal legal de 21%.

Esta situação contrasta fortemente com outras grandes empresas dos EUA que pagam taxas significativamente mais altas.

A política de depreciação acelerada de Trump é um dos principais fatores dessa discrepância, beneficiando amplamente o setor de combustíveis fósseis.

Enquanto isso, a administração Biden enfrenta desafios para implementar efetivamente o imposto mínimo corporativo, essencial para sua agenda de energia verde.

Especialistas argumentam que os passivos fiscais diferidos da Exxon e de outras empresas no setor podem se prolongar indefinidamente, destacando uma lacuna significativa no código tributário dos EUA.