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Em um movimento que capturou a atenção da indústria da aviação, a Lufthansa (TG:LHA), a principal companhia aérea alemã, anunciou na terça-feira (19) uma encomenda significativa de aeronaves. A companhia aérea encomendou um total de 80 aviões, divididos igualmente entre a Boeing (NYSE:BA) e a Airbus (EU:AIR), com um valor total de US$ 9 bilhões. As ações da Boeing subiram 1,3% nas negociações da tarde, enquanto as ações da Airbus subiram 0,5% em resposta a essa notícia.
A Boing também é negociada na B3 através da BDR (BOV:BOEI34).
Este acordo é notável por vários motivos.
Primeiro, representa a primeira vez em cerca de 30 anos que a Lufthansa encomenda aviões da Boeing de fuselagem estreita. O pedido inclui 40 Boeing 737 MAX 8, marcando a primeira compra deste modelo pela Lufthansa. A companhia aérea alemã havia mantido uma frota exclusivamente Airbus de corredor único desde que descontinuou o Boeing 737 em 2016. A compra dessas aeronaves da Boeing representa uma mudança estratégica para a Lufthansa.
Além disso, o pedido inclui 40 Airbus A220-300, uma aeronave que ganhou destaque recentemente na indústria da aviação. A Lufthansa também concordou com opções de compra futura, incluindo 60 opções para o Boeing 737 MAX 8, 20 opções para o Airbus A220 e 40 opções para o Airbus A320.
Outro aspecto notável é que a Lufthansa foi a cliente lançadora original do que era conhecido como Bombardier CSeries em 2008, antes de a Airbus adquirir o programa em 2018 e renomeá-lo como A220. Esta repetição do pedido do A220 pela Lufthansa é um voto de confiança para o pequeno jato de passageiros após enfrentar problemas relacionados aos motores Pratt & Whitney.
O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, destacou que a decisão de encomendar os Boeing 737 MAX 8 é estratégica, pois ajudará a empresa a cumprir os requisitos de redução de carbono. Ele também enfatizou o relacionamento contínuo da Lufthansa com a Airbus, que é a maior fabricante de aviões da empresa.
Para financiar essa grande aquisição, a Lufthansa planeja investimentos líquidos substanciais em 2023 e no próximo ano. Este pedido não terá um impacto significativo nas despesas de capital em 2023-2024, conforme anunciado pela companhia aérea. Este acordo marca um marco importante na indústria da aviação e mostra a confiança da Lufthansa no futuro da aviação comercial.
