A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, reafirmou, em entrevista à Exame, na manhã desta quinta-feira, 14, que pretende finalizar a negociação com os municípios até o final de janeiro para começar o processo de audiência de consulta pública e seguir com os próximos passos referentes a privatização da Sabesp. Segundo ela, por meio do processo, existe a possibilidade de “equalizar os prazos” de contrato com os municípios até 2060.
“E tem muito investidor procurando a gente”, garantiu a secretária sobre o interesse privado na empresa. Segundo ela, fundos internacionais, fundos de infraestrutura e operadores estão interessados na companhia. Sobre esse último grupo, o dos operadores, Natália Resende pontuou que no caso da Sabesp (BOV:SBSP3), não está se falando necessariamente de se precisar de um operador.
“A Sabesp já é uma operadora boa, de referência, a gente quer que ela seja mais, com menos amarras”, declarou.
Atualmente, o governo de São Paulo detém 50,3% das ações da empresa. A intenção do Estado é ter sua participação reduzida a algo entre 15% e 30%. De acordo com a secretária, será batido o martelo da participação do Estado na empresa no final da “fase 1” da privatização, que deve ser concluída em fevereiro.
Resende repetiu o que afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) ao declarar que, ao fechar contratos com os municípios, haverá uma redução de tarifa, e que será criada uma barreira para que a mesma esteja “sempre abaixo da tarifa da Sabesp Pública”.
“Todos os anos a gente vai olhar a quantidade de investimentos que foram feitos … e colocar na tarifa. Ele subiria, a gente vai usar o dinheiro do fundo, 30% do mínimo da operação, mais o lucro do Estado que vai continuar na empresa para reduzir”, disse a secretária.