O HSBC Holdings Plc (NYSE:HSBC) deu um passo significativo ao introduzir seu primeiro plano estratégico de transição climática, delineando uma estratégia para diminuir as emissões associadas aos seus financiamentos, em meio a uma reorientação geral no âmbito do setor financeiro. Sem anunciar novos compromissos climáticos específicos, o banco delineou um conjunto de alterações estratégicas para promover a descarbonização nos setores de alta emissão que continua a financiar.

O HSBC Holdings também é negocidado na B3 através da BDR (BOV:H1SB34).

Noel Quinn, CEO do HSBC, enfatizou a complexidade da transição para uma economia de zero emissões líquidas, destacando a necessidade de um esforço conjunto entre diversas entidades e setores financeiros. “A transição para uma operação bancária de zero emissões líquidas até 2050 depende fundamentalmente da velocidade com que a economia geral e nossos clientes conseguem adaptar seus modelos de negócios à nova realidade climática”, afirmou Quinn no relatório divulgado na quinta-feira.

Este plano surge em um contexto onde bancos e gestores de fundos estão cada vez mais pressionados a considerar o risco climático em suas alocações de capital. Há um esforço contínuo do setor para definir critérios claros que garantam a viabilidade econômica do processo de transição, bem como o suporte necessário de clientes, reguladores e governos.

O HSBC reconhece que sua capacidade de realizar a transição está intrinsecamente ligada à descarbonização da economia real, tanto na oferta quanto na demanda, e ao ritmo com que essas mudanças ocorrerão.

À medida que o setor financeiro se adapta a um cenário em que manter clientes de alta intensidade de carbono se torna cada vez mais arriscado, instituições como Barclays Plc, BNP Paribas SA e Citigroup Inc. estão reformulando suas operações para apoiar clientes em processo de transição. Nesse contexto, o HSBC vê “significativas oportunidades comerciais” em financiar a nova economia verde, promovendo um crescimento econômico sustentável e contribuindo para um planeta mais seguro e resiliente.

O banco se propõe a auxiliar setores de alta emissão a remodelar seus modelos de negócios, financiar inovações em redução de emissões e estabelecer cadeias de suprimentos sustentáveis. Celine Herweijer, chefe de sustentabilidade do HSBC, explicou que o plano de transição esclarece o compromisso do banco com o objetivo de zero emissões líquidas, levando em conta sua significativa pegada de emissões financiadas, especialmente em regiões e setores de alta emissão.

O HSBC destaca sua relevante posição no apoio a grandes produtores de energia na Ásia, cuja transição é crucial para os esforços globais de combate às mudanças climáticas. Este plano de transição representa um instrumento vital para o banco no fomento à descarbonização, com a promessa de atualizações periódicas para refletir os avanços científicos e metodológicos na área climática.