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Carrefour Brasil (CRFB3): lucro líquido ajustado de R$ 520 milhões no 4T23, ações sobem

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O Carrefour Brasil reportou lucro líquido ajustado (desconsiderando outras receitas e despesas e o correspondente efeito financeiro e tributário) de R$ 520 milhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período de 2022.

Sem o ajuste, a companhia registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 565 milhões, frente a um montante positivo de R$ 426 milhões um ano antes, afetado por custos decorrentes do fechamento de lojas físicas.

A empresa, controlada pelo grupo francês Carrefour, apurou no último trimestre de 2023 vendas líquidas de R$ 28,1 bilhões, leve recuo de 0,3% na comparação com o mesmo período em 2022.

Os resultados do quarto trimestre não ajustados foram afetados em grande parte por despesas e uma baixa contábil envolvendo o fechamento de mais de 100 lojas entre dezembro e o início deste ano, já que a administração avaliou que a performance dos pontos estava abaixo das expectativas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da empresa somou R$ 1,88 bilhão no trimestre, 5% abaixo de um ano antes, enquanto a margem de Ebitda ajustada caiu 0,3 ponto percentual, para 6,7%.

Analistas consultados pela LSEG esperavam um Ebitda ajustado de R$ 1,72 bilhão no trimestre.

Os resultados também foram divulgados um dia após a morte do executivo Abilio Diniz, um dos principais acionistas do grupo Carrefour Brasil, e do francês Carrefour, por meio de sua holding de investimentos Península.

Os resultados da Carrefour (BOV:CRFB3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 19/02/2024.

Teleconferência

Durante a teleconferência de resultados realizada nesta terça, os executivos do grupo falaram sobre o fechamento. “Fechar loja nunca é um tema fácil, mas temos certeza que a decisão é assertiva e que a iniciativa será lucrativa para a companhia”, defendeu Stéphane Maquaire, CEO do Carrefour, que lembrou também que as unidades encerradas foram responsáveis por menos de 1% das vendas do grupo em 2023.

Além disso, eles também mencionaram que todas as provisões para os fechamentos também já foram realizadas e a tempestade, nas palavras do CFO Eric Alencar, “já passou para os efeitos caixa”. Do outro lado, mencionaram que as vendas do grupo, com os encerramentos, não devem voltar aos antigos patamares.

“O que pode vir são ações que não temos conhecimento, mas que geralmente são coisa pequena, ou diferença de preço dos terrenos que vamos vender”, diz o executivo. “Há também aquilo que achamos que vale os terrenos e o eles realmente valem. Mas com certeza eles valem mais de R$ 400 milhões e os ganhos com as vendas desses ativos devem mais do que cobrir os custos dos fechamentos”.

VISÃO DO MERCADO

As ações do Carrefour Brasil registram uma forte sessão de ganhos após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23), na noite da véspera. Às 10h32 (horário de Brasília) desta terça-feira (20), os papéis subiram 9,59%, a R$ 11,88, para depois entrarem em leilão.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI também viu tendências positivas nos resultados do Carrefour Brasil, bem como uma melhora sequencial desde a piora operacional no 1T23. “O Carrefour Brasil registrou uma sólida superação de 12% em nossa estimativa de margem Ebitda ajustada, à frente de nossos números em todas as unidades de negócios. Em termos nominais, o Ebitda ajustado ainda ficou 5% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, mas há sinais de melhora nos resultados do Carrefour Brasil no 4T23 que devem estabelecer as bases para uma geração de caixa sustentável no futuro”, avalia.

Os sinais de melhora são os seguintes: (i) margens Ebitda recorrentes saudáveis do atacarejo, Sam’s Club e Banco Carrefour; (ii) capital de giro core estável em 24 dias negativos; (iii) despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) recorrentes reduzidas em 9,5% em termos nominais, enquanto as despesas de holding caíram 37% no mesmo período do ano anterior; (iv) aceleração do fechamento de lojas Todo Dia de baixo desempenho: 93 unidades fechadas em janeiro de 2024; e (v) geração (ajustada) de caixa de R$ 7,8 bilhões (excluído efeitos contábeis), que reduziu substancialmente a queima de caixa do 1T23 e 3T23 no ano de 2023.

Por outro lado, o banco avalia que não se pode ignorar a considerável despesa de caixa não recorrente relacionada ao fechamento das 123 lojas de varejo, que correspondeu a quase 17,5% do Ebitda ajustado do 4T23. De acordo com o Carrefour, a empresa venderá os imóveis das lojas fechadas durante 2024, o que provavelmente levará a um impacto de caixa neutro no ano de 2024.

“Vemos uma potencial bandeira amarela na tese de investimento, caso a empresa continue a incorrer em despesas não recorrentes consideráveis. Em suma, a administração do Carrefour Brasil estabeleceu um tom mais pragmático desde meados de 2023, o que acelerou sua recuperação operacional. Em nossa opinião, é provável que vejamos um aumento mais evidente das operações ao longo de 2024, uma vez que a inflação de alimentos se torne um vento a favor e as lojas convertidas amadureçam em vendas e lucratividade. Por enquanto, mantemos nossa posição positiva sobre a empresa e nossa recomendação de compra para as ações”, avalia o BBI.

Genial Investimentos

Sem o ajuste, a companhia registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 565 milhões, frente a um montante positivo de R$ 426 milhões um ano antes, afetados em grande parte por despesas e uma baixa contábil envolvendo o fechamento de mais de 100 lojas entre dezembro e o início deste ano, já que a administração avaliou que a performance dos pontos estava abaixo das expectativas. Apesar do prejuízo consolidado, os analistas de mercado destacaram que a empresa iniciou 2024 “de casa limpa”, com algumas tendências positivas.

“Apesar de um impacto não-recorrente substancial, avaliamos que o conjunto consolidado pelo grupo foi positivo, o que vai confirmando a nossa perspectiva de que o 3º trimestre de fato tenha sido o ponto de inflexão para a rentabilidade da companhia”, avalia a Genial Investimentos.

A casa de análise aponta que o principal impacto no resultado do Carrefour foi consolidado na linha de “Outras Despesas Operacionais”, em um montante negativo em R$ 1,1 bilhão. Apesar da cifra poder assustar à primeira vista, a Genial entende que a iniciativa é benéfica para companhia no médio prazo, uma vez que a companhia está direcionando o seu foco para recompor a rentabilidade ao longo de 2024.

Das 123 lojas, apenas 11 foram fechadas ao longo do 4º trimestre. Contudo, o montante de despesas já reflete a previsão de encerramento dessas unidades ao longo do 1º semestre de 2024. “Ou seja, o Carrefour limpou o seu P&L para receber 2024 de ‘casa arrumada’”, aponta.

XP Investimentos

Para a XP, o Carrefour Brasil reportou resultados mistos, com a deflação alimentar e fechamento de lojas pressionando a performance de receita e lucro, mas melhorando a rentabilidade no seu negócio principal. A deflação, combinada com com o fechamento de lojas, levaram o varejo a novamente ser o destaque negativo (vendas mesmas lojas em -6%). Quanto ao atacarejo, as vendas mesmas lojas permaneceram em patamares negativos (em -2%), mas melhorando sequencialmente (+0,9 ponto percentual), pontuam os analistas.

A margem bruta contraiu 1,5 ponto percentual (p.p.) ante o 4T22, principalmente impactada pelo varejo (-4 p.p.) por conta da maior atividade promocional, remarcação de estoque e fim da parceria com o Hipercard, mais que compensando a performance do atacarejo (+0,9 p.p), beneficiada por melhores negociações comerciais e participação do B2C.

A margem Ebitda (Ebitda = lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações/receita líquida) consolidada também contraiu (-0,3 p.p), mas em uma menor magnitude, suportada pelo atacarejo (+0,9 p.p) por conta da maturação das lojas e controle de despesas em todos os segmentos. “Notamos que a melhora veio principalmente da otimização do parque de lojas, que levou a despesas não recorrentes de R$ 850 milhões (excluídas do Ebitda)”, afirma a XP.

Genial também tem recomendação de compra para os ativos, enquanto a XP tem visão neutra.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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