Na quinta-feira (15), a cotação das ações da Deere & Co. experimentou uma queda 3,1%, indicando uma abertura no menor patamar desde 13 de dezembro, seguindo o anúncio dos resultados financeiros do primeiro trimestre da companhia. Embora os resultados tenham ultrapassado as previsões, eles vieram acompanhados de previsões sombrias para o ano fiscal completo. A empresa, renomada por seus equipamentos agrícolas, de construção e jardinagem, apresentou uma performance que não atendeu às expectativas do mercado em termos de vendas futuras.
A Deere & Co. também é negociada na B3 através da BDR (BOV:DEEC34).
O lucro líquido para o trimestre finalizado em 28 de janeiro foi de US$ 1,75 bilhão, ou US$ 6,23 por ação, uma diminuição em relação aos US$ 1,96 bilhão, ou US$ 6,55 por ação, reportados no ano anterior. Apesar disso, o lucro por ação excedeu a expectativa média de US$ 5,26 estipulada pela FactSet.
A receita líquida da empresa caiu 8% para US$ 10,49 bilhões, superando ligeiramente a projeção da FactSet de US$ 10,30 bilhões. A receita total, englobando juros e outras fontes de renda, recuou 3,7% para US$ 12,19 bilhões, ainda assim acima das expectativas de US$ 11,48 bilhões.
Dentro da diversificada gama de segmentos da Deere, observou-se uma retração de 7% nas vendas de produção agrícola e agricultura de precisão, totalizando US$ 4,85 bilhões, e uma queda de 19% nas vendas de equipamentos para pequena agricultura e jardinagem, somando US$ 2,43 bilhões. Os aumentos nos preços não foram suficientes para compensar a diminuição no volume de envios.
Por outro lado, o segmento de construção e silvicultura da empresa viu um modesto aumento de 0,3% nas vendas, alcançando US$ 3,21 bilhões, graças a preços mais elevados que compensaram o decréscimo nos volumes.
Para o ano fiscal de 2024, a Deere projetou um lucro líquido entre US$ 7,50 bilhões e US$ 7,75 bilhões, uma redução significativa em comparação com os US$ 10,17 bilhões do ano fiscal de 2023 e abaixo das expectativas de US$ 8,03 bilhões da FactSet. A companhia antecipa uma contração de 10% a 15% para o grande setor agrícola nos EUA e Canadá, de 5% a 10% para o segmento de pequena agricultura e jardinagem, enquanto o setor de construção e equipamentos deve se manter estável ou enfrentar um declínio de até 5%.
Especificamente para a Deere, espera-se uma redução de aproximadamente 20% nas vendas de produção agrícola e agricultura de precisão, de 10% a 15% nas vendas de pequenos equipamentos agrícolas e de jardinagem, e de 5% a 10% nas vendas de construção e silvicultura.
Nos três meses anteriores à quarta-feira, as ações da Deere tiveram uma valorização de 1%, enquanto o índice S&P 500 observou um aumento de 11,1%.