A sete semanas da assembleia geral de credores (AGC), a Light (BOV:LIGT3) ainda não atraiu nenhum grupo de detentores de suas dívidas para suas propostas de reestruturação e pagamento, segundo apuração do Broadcast.
Os negociadores aguardam a melhora e formalização de termos e condições aventados pela companhia, enquanto avaliam que será difícil chegar a um acordo até 21 de março, data da primeira convocação de AGC. A segunda convocação é para 28 de março. De acordo com um representante do grupo, os bondholders têm mantido negociações constantes e fluídas com a companhia, mas esperam uma injeção de capital de pelo menos R$ 3 bilhões.
No fim de 2023, a Light chegou a propor uma capitalização de menor porte, R$ 1 bilhão, que seria feita pelo investidor Nelson Tanure. Por meio de sua WNT Gestora de Recursos, Tanure tem a maior participação acionária no capital da holding, de 30,05%.
A injeção de capital pelo principal acionista teria sido aprovada internamente, disse uma fonte, mas a proposta não foi formalizada.
A companhia também indicou, no fim do ano passado, que poderia fazer a conversão de 40% dos débitos em ações, num volume de R$ 2,5 bilhões a R$ 3,5 bilhões, apurou o Broadcast. Porém, disse uma fonte, os credores e a Light divergem sobre o valor das ações de conversão.