O Morgan Stanley (NYSE:MS) está prestes a realizar cortes significativos em sua força de trabalho, marcando a primeira grande ação de reestruturação desde que Ted Pick assumiu a posição de CEO. Essa decisão afetará uma parcela menor que 1% do total de colaboradores da divisão de gestão de patrimônios, que abriga aproximadamente 40.000 funcionários, tornando-se assim a maior unidade da corporação.
O Morgan Stanley também é negociado na B3 através da BDR (BOV:MSBR34).
A iniciativa surge em um momento desafiador para o Morgan Stanley, com a empresa registrando a maior queda em valor de mercado entre os principais bancos dos EUA neste ano, com uma redução aproximada de 10% em suas ações. Essa tendência negativa ocorre em um contexto onde Ted Pick sucede James Gorman, que, no ano anterior, implementou a demissão de mais de 3.000 funcionários em um esforço para refinar as despesas operacionais e enfrentar a diminuição das receitas devido à escassez de atividades comerciais.
Recentemente, a companhia sinalizou dificuldades em alcançar as metas estabelecidas para as margens de lucro na divisão de gestão de patrimônios, indicando que a conquista desses objetivos poderia demorar mais do que o previsto. Essa previsão se torna ainda mais incerta com a possibilidade de o Federal Reserve reduzir as taxas de juros ainda neste ano, o que poderia diminuir os benefícios recebidos pela divisão devido ao aumento das receitas líquidas de juros.
Além disso, a unidade de gestão de patrimônios tem enfrentado um desafio em aumentar seus ativos líquidos, que ficaram abaixo da marca de 50 bilhões de dólares pelo segundo trimestre consecutivo no final de 2023, distante da meta anual do Morgan Stanley de acréscimo de mais de 300 bilhões de dólares.
Durante sua primeira conferência telefônica com analistas como CEO, Ted Pick enfatizou a importância da divisão de gestão de patrimônios como o principal motor da empresa e reiterou o compromisso do banco em promover o crescimento dessa unidade, que foi responsável por 48% da receita total do banco no último ano, em comparação com 42,2% provenientes do banco de investimentos.