A Nike Inc. (NYSE:NKE) está planejando uma significativa redução de pessoal, com mais de 1.600 posições a serem eliminadas, como estratégia para diminuir despesas e assim, ampliar sua margem de lucro e capacidade inovadora.
A Nike também é negociada na B3 através da BDR (BOV:NIKE34).
Segundo uma divulgação do Wall Street Journal, que teve acesso a um comunicado interno da empresa na quinta-feira, a medida de cortes não impactará os colaboradores das unidades de varejo, centros logísticos ou equipes dedicadas à inovação.
Esta decisão surge dois meses após o pronunciamento da companhia, conhecida mundialmente por seus produtos esportivos e de lifestyle, durante a conferência de resultados do segundo trimestre, onde anunciou o objetivo de reduzir $2 bilhões em custos operacionais nos próximos três anos. A Nike também revelou que estaria enxugando sua estrutura administrativa para torná-la mais ágil, eliminando níveis gerenciais intermediários.
No período que antecedeu ao mercado na sexta-feira, as ações da Nike sofreram uma queda de 0,6%. Desde a apresentação dos resultados do segundo trimestre em 21 de dezembro, o valor das ações da empresa já acumula uma desvalorização de 13,4%.
Conforme o relatório anual mais recente da Nike, divulgado em 31 de maio, a empresa contava com 83.700 colaboradores, indicando que os cortes propostos representam aproximadamente 2% do seu quadro de funcionários.
Entre as iniciativas de redução de custos já mencionadas pela Nike em dezembro, estão a diminuição dos gastos operacionais marginais, o incremento na automação e agilidade dos sistemas de dados e tecnologia, a otimização da eficácia de sua cadeia de suprimentos e o aprimoramento de suas estratégias de aquisição.
“Com o objetivo de promover uma maior eficiência e produtividade, planejamos realocar e reinvestir a maior parte dessas economias em áreas que ofereçam o maior potencial de impacto e crescimento para nossos consumidores”, afirmou o CFO da empresa durante a teleconferência de resultados, conforme transcrição da FactSet.
No último ano, as ações da Nike apresentaram uma queda de 14,7%, enquanto o ETF SPDR XLY, do setor de bens de consumo discricionário, teve uma valorização de 19,6% e o Dow Jones Industrial Average registrou um crescimento de 15,1%.