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Na segunda-feira (5), a Snap Inc. (NYSE:SNAP) revelou planos para demitir aproximadamente 528 de seus colaboradores, representando 10% do seu quadro global de funcionários. Este movimento sugere que a tendência de cortes de pessoal no setor de tecnologia, marcante em 2023, pode se estender diante do panorama de incerteza econômica. Após o anúncio, as ações da Snap sofreram uma queda de 2,46%, cotadas a 16,63 dólares.
A Snap também é negociada na B3 através da BDR (BOV:S1NA34).
A empresa, dona do popular aplicativo Snapchat, enfrenta desafios em monetizar sua base de usuários jovens e em se estabelecer frente a gigantes do setor como a Meta Platforms, proprietária do Facebook, que recentemente anunciou seu primeiro dividendo após uma série de demissões no último ano.
Os resultados financeiros do quarto trimestre da Snap serão divulgados na terça-feira. Segundo Jasmine Enberg, analista sênior da Insider Intelligence, as demissões na Snap podem refletir negativamente sobre a saúde financeira da empresa. A Snap busca, com essas medidas, conquistar a confiança dos investidores, que já premiaram concorrentes por suas iniciativas de redução de custos.
Em comunicado, a Snap explicou que a reestruturação visa aprimorar a execução de suas principais prioridades e garantir recursos para investimentos futuros. A empresa antecipa encargos pré-impostos de 55 a 75 milhões de dólares, incluindo principalmente compensações rescisórias e custos associados, com uma parcela significativa desses custos, entre 45 e 55 milhões de dólares, esperada como despesas em dinheiro.
Prevê-se que a maior parte desses gastos ocorra no primeiro trimestre de 2024. A Snap se alinha a outras corporações de tecnologia e mídia, como Amazon e Alphabet, que também anunciaram reduções de pessoal em janeiro. As demissões na Snap parecem afetar principalmente os funcionários remotos, especialmente considerando o incentivo da empresa para o retorno ao escritório.
O setor de tecnologia tem vivenciado um alto volume de demissões, com quase 32 mil funcionários dispensados de 122 empresas desde o início do ano, segundo o Layoffs.fyi. Em 2023, o segmento liderou o número de cortes de emprego, totalizando 168.032 vagas eliminadas, de acordo com um relatório da Challenger, Gray & Christmas, incluindo mais de 10.000 na Microsoft.
