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Vale: o que têm pressionado as ações da mineradora?

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O ano de 2024 começou com uma visão otimista de boa parte dos analistas para as ações da Vale, mas as ações acumulam perdas de cerca de 14% até o fechamento da última sexta-feira (2), em meio a uma onda de notícias negativas para a companhia. Isso envolve tanto aspectos macro, como a recente queda do minério, como envolvendo a própria empresa, com novos passivos no radar e incertezas sobre o novo CEO.

Abaixo, estão listados os fatores a monitorar que têm pressionado as ações da mineradora no ano:

1. Incertezas sobre mudança de gestão

A tentativa do Governo Federal de emplacar Guido Mantega como diretor executivo (CEO) da mineradora pode ter ficado para trás após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo notícias, ter desistido da indicação.

As incertezas, por sua vez, continuam. Além da tentativa de Lula de emplacar Mantega elevar o temor de investidores estrangeiros quanto aos riscos de interferência política na economia durante o terceiro mandato do presidente, a saga para eleger o substituto de Eduardo Bartolomeo segue como um ponto de indefinição.

Houve reunião do conselho da mineradora na última sexta-feira e a expectativa é de que o conselho volte a se reunir nos próximos dias. Foi cogitada a extensão do mandato do Bartolomeo por mais 1 ano, para o conselho ganhar tempo em acomodar um novo nome, de forma a não a ceder às pressões. Foi considerando, inclusive, que o novo nome venha a ser um CEO não brasileiro, indicado pela lista das consultorias de Head Hunter.

2. Queda do minério com Evergrande

O minério de ferro começou o ano com uma performance positiva, com expectativas de estímulos na China e esperança de abastecimento dos estoques antes do feriado. O contrato futuro da commodity com vencimento mais próximo chegou a bater os US$ 140 por tonelada. Contudo, seguidos dados mais fracos da China e principalmente a falência da Evergrande (reacendendo preocupações sobre o setor imobiliário) levaram a uma nova baixa da commodity, acumulando assim uma baixa de 6,5% do minério no ano.

Os vários esforços de estímulo econômico de Pequim e uma expectativa de aumento da demanda após o feriado do Ano Novo Lunar podem dar suporte aos preços, mas o pessimismo persistente em meio às dificuldades dos mercados imobiliário e acionário na segunda maior economia do mundo limita os ganhos de preços.

Em relatório assinado por analistas liderado por Lucas Laghi, a XP menciona que a Vale (BOV:VALE3), por enquanto, ainda está precificando suas vendas com desconto de mais de 20% em relação ao spot – o que pode mudar. “De acordo com nossa análise proprietária, vemos a Vale precificando o minério de ferro em US$ 104 a tonelada, enquanto a CSN Mineração, por exemplo, está em US$ 139”, diz.

3. Cobranças no radar

Do lado mais negativo, a XP também destacou que, no fim de janeiro, a Vale foi condenada pela Justiça a pagar, junto da BHP e da Samarco, joint venture das duas primeiras companhias, R$ 47,6 bilhões por conta do desastre em Mariana. “Embora os termos deste novo potencial acordo de reparação permaneçam pouco claros, estimamos um potencial impacto negativo de 3 a 12% nas ações, considerando diferentes cenários”, contextualizam.

Outra quantia que pode sair do caixa da mineradora são R$ 25,7 bilhões referentes a concessões ferroviárias, por conta de renovações antecipadas da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O governo alega que a antecipação resultou em vantagem indevida a favor da Vale.

“Embora acreditemos que os termos para um acordo final ainda estejam longe de ser concluídos, percebemos vários investidores usando o case da Rumo [RAIL3] como referência”, pondera a equipe de Laghi. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), disse no fim de janeiro que o governo está aberto a discutir caminhos com a mineradora para receber apenas parte dos valores cobrados de outorga pela renovação antecipada de concessões ferroviárias.

De acordo com compilação LSEG, os analistas ainda estão positivos com as ações VALE3. Segundo 19 casas que cobrem o papel, 13 recomendam compra, 5 recomendam posição neutra e 1 tem recomendação de venda. O preço-alvo médio é de R$ 91,36, uma alta de 38% em relação ao fechamento de sexta (com um upside maior em meio à queda recente das ações). A XP tem recomendação neutra e vê uma tendência de baixa para a commodity, apoiada pela menor demanda pela produção de aço na China, o que torna a casa mais cautelosa sobre o potencial de alta para as ações.

Informações Infomoney

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