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As ações da Victoria’s Secret & Co. (NYSE:VSCO) sofreram um duro golpe no período após o fechamento do mercado na quarta-feira, seguindo o anúncio da empresa de uma previsão de vendas anuais que não atende às expectativas de Wall Street. A renomada marca de lingerie antecipou um cenário de vendas anuais de US$ 6 bilhões, ficando aquém das projeções dos analistas, que apontavam para US$ 6,19 bilhões. Esta revisão para baixo levou a uma queda de 30% no valor das ações no pré-mercado de quinta-feira (07).
O CEO da Victoria’s Secret, Martin Waters, expressou uma abordagem cautelosa para o curto prazo, atribuindo-a à contínua retração do mercado de produtos íntimos na América do Norte, que vem registrando queda há quatro trimestres consecutivos.
A decisão de manter a cautela surge em um momento em que o setor de vestuário, de forma mais ampla, enfrenta desafios devido a dois anos de inflação, forçando os consumidores a priorizarem gastos com alimentos e itens essenciais para o lar.
A empresa apresentou um lucro líquido de US$ 181 milhões, ou US$ 2,29 por ação, no quarto trimestre, um aumento em relação aos US$ 173 milhões, ou US$ 2,10 por ação, do mesmo período do ano anterior. Após ajustes para itens específicos, o lucro por ação foi de US$ 2,58.
A receita cresceu 3% para US$ 2,08 bilhões, embora as vendas nas mesmas lojas tenham visto uma redução de 6%.
Esses resultados estiveram em linha com as expectativas dos analistas para o lucro ajustado por ação e a receita, mas revelaram uma ligeira melhoria em comparação com a previsão de queda nas vendas nas mesmas lojas.
Para o próximo trimestre, a Victoria’s Secret prevê uma diminuição nas vendas em um dígito médio comparado ao ano anterior, enquanto os analistas projetavam um lucro ajustado por ação de 31 centavos, com uma queda menor nas vendas nas mesmas lojas.
Apesar da volatilidade nas tendências de vendas ao longo do trimestre, Waters destacou um otimismo cauteloso com a melhoria sequencial nas vendas na América do Norte e o sucesso das vendas de final de ano, impulsionadas pela demanda por itens de presente, experiências aprimoradas para o cliente e estratégias de marketing eficazes.
Este cenário contrasta com a reação positiva do mercado aos resultados do terceiro trimestre da empresa, que na época haviam revelado uma tendência de melhoria nas vendas e gerado expectativas otimistas para a temporada de festas.
