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As ações da Super Micro Computer (19) sofreram uma queda expressiva de mais de 21% nesta sexta-feira (19), refletindo a inquietação dos investidores diante de uma mudança inesperada na comunicação da empresa. Historicamente, a Super Micro tinha o costume de divulgar resultados preliminares antes do anúncio oficial dos lucros, o que não ocorreu desta vez. Essa ausência de pré-anúncio antes da data rotineira de divulgação de resultados, prevista para 30 de abril, gerou especulações e preocupações entre os investidores.
Nos últimos oito trimestres, em sete ocasiões, a empresa antecipou informações sobre seus resultados, muitas vezes aumentando suas próprias projeções financeiras, o que servia para impulsionar a confiança do mercado. A prática usual servia como um sinal positivo para os investidores, indicando frequentemente que os resultados seriam superiores às expectativas. No entanto, a recente omissão gerou temores de que os resultados deste trimestre possam estar apenas em linha com as previsões ou, pior, abaixo do esperado.
Antes da queda, as ações da Super Micro haviam apresentado um impressionante crescimento de 160% no ano e mais de 560% nos últimos 12 meses, destacando a volatilidade e as altas expectativas em torno da empresa. A Super Micro Computer é uma empresa de soluções de hardware de alta performance. Especializada em servidores, placas-mãe e sistemas de armazenamento, ela oferece tecnologia avançada e confiável para atender às demandas empresariais mais exigentes.
A perspectiva financeira para o trimestre de março estava prevista entre US$ 3,7 bilhões e US$ 4,1 bilhões em vendas, com lucros não-GAAP entre US$ 5,20 e US$ 6,01 por ação. Para o ano fiscal de 2024, a projeção é de receitas entre US$ 14,3 bilhões e US$ 14,7 bilhões.
O cenário sublinha a sensibilidade dos investidores a mudanças nos padrões de comunicação das empresas, especialmente em um setor tão volátil quanto o de hardware de inteligência artificial, onde a Super Micro opera. A reação do mercado reforça a importância da transparência e da consistência nas comunicações corporativas, especialmente quando a empresa estabelece expectativas através de práticas regulares.
