A AT&T (NYSE:T) superou as previsões de lucro de Wall Street para o primeiro trimestre, registrando um ganho ajustado por ação de 55 centavos, acima dos 53 centavos projetados pelos analistas da FactSet. No entanto, a gigante das telecomunicações não atingiu as expectativas de vendas, com receitas totalizando US$ 30 bilhões — ligeiramente abaixo das projeções de US$ 30,5 bilhões.
A AT&T também é negociada na B3 através da BDR (BOV:ATTB34).
Embora a AT&T tenha mostrado crescimento em alguns setores, como a adição de 349 mil assinantes regulares de telefone, superando as expectativas de 286.800, a receita de serviços de telefonia fixa comercial caiu 7,8% em relação ao ano anterior. Este declínio destaca uma tendência preocupante para a empresa, que continua a ver uma diminuição na demanda por serviços tradicionais de voz e dados.
Adicionalmente, a empresa enfrentou desafios com a venda de dispositivos móveis, um setor que historicamente impulsionava suas receitas. Sob a liderança de John Stankey, que assumiu como CEO em 2020, a AT&T se reestruturou para focar mais em comunicações, afastando-se de outras vertentes como mídia e publicidade. Essa mudança visou simplificar operações e melhorar a eficiência, embora a concorrência tenha se intensificado, especialmente com o surgimento do 5G e da internet doméstica.
No cenário das telecomunicações, onde os dividendos são um grande atrativo, a AT&T destacou-se com um fluxo de caixa livre robusto de US$ 3,1 bilhões, superando as expectativas e permitindo manter um dividend yield atraente de 6,7%.
Contudo, apesar desses pontos positivos, a AT&T não conseguiu atingir o crescimento esperado em outros segmentos vitais, como os assinantes de Internet de fibra, registrando um aumento de apenas 252 mil contra os 267.500 previstos. A perspectiva da empresa para o resto do ano permanece estável, com previsões de lucros entre US$ 2,15 e US$ 2,25 por ação e um fluxo de caixa livre projetado entre US$ 17 bilhões e US$ 18 bilhões.