A Ferrari (NYSE:RACE) reforçou sua determinação em expandir seu conhecimento sobre células de bateria, embora tenha claramente optado por não entrar no campo da produção própria desses componentes cruciais. Benedetto Vigna, CEO da renomada fabricante italiana de carros esportivos de luxo, enfatizou a importância de desvendar os mistérios internos das células de bateria durante a inauguração de um novo centro de pesquisa em células de bateria, uma colaboração com a Universidade de Bolonha e a NXP Semiconductors (BOV:N1XP34).
A Ferrari, que tem ampliado sua oferta de veículos híbridos elétricos desde 2019 e prometeu entregar seu primeiro modelo totalmente elétrico até o final do próximo ano, reconhece que sua produção relativamente limitada, com menos de 14 mil carros vendidos no último ano, não justifica a construção de uma infraestrutura de produção de células própria. Esta decisão estratégica sublinha o foco da empresa em aproveitar ao máximo o conhecimento especializado disponível no mercado, em vez de se aventurar na fabricação complexa e custosa de células de bateria.
O recém-inaugurado E-Cells Lab se debruçará sobre os aspectos eletroquímicos das células de bateria, visando elevar o patamar de expertise da Ferrari nesse domínio crucial para o futuro dos veículos elétricos. Vigna ressaltou a importância de transcender a visão das células como meras “caixas pretas”, enfatizando a necessidade de uma compreensão profunda de sua química e funcionamento interno.
Inicialmente, o laboratório focará em células de estado líquido à base de lítio, mantendo-se aberto à exploração de novas composições químicas e avanços tecnológicos. Apesar do interesse em inovações, Vigna manifestou uma visão cautelosa sobre as baterias de estado sólido, considerando-as, por ora, uma opção distante da realidade prática.