A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,877 bilhões até o momento em abril, resultado de exportações de US$ 7,686 bilhões e importações de US$ 4,809 bilhões. A corrente de comércio ficou em US$ 12,495 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No acumulado do ano, o superávit chega a US$ 21,955 bilhões.
Até a 1° Semana de Abril/2024, comparado a Abril/2023, as exportações cresceram 2,1%. As importações caíram -9,6%. Assim, a balança comercial registrou superávit com crescimento de 30,2%, e a corrente de comércio diminuiu 2,7%.
No acumulado Janeiro até 1° Semana de Abril/2024, em comparação a Janeiro/Abril 2023, as exportações cresceram 2,5% e somaram US$ 85,96 bilhões. As importações caíram -1,1% e totalizaram US$ 64,00 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 21,96 bilhões, com crescimento de 14,4%, e a corrente de comércio registrou aumento de 0,9%, atingindo US$ 149,96 bilhões.
Até a 1° Semana de Abril/2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -16,2% em Agropecuária, que somou US$ 2,06 bilhões; crescimento de 38,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,96 bilhões e, por fim, crescimento de 1,2% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 3,63 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (157,3%), Café não torrado (74,6%) e Algodão em bruto (229,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (10,0%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 61,3%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (71,2%) na Indústria Extrativa; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (67,9%), Açúcares e melaços (183,7%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 64,5%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-70,6%), Milho não moído, exceto milho doce (-76,4%) e Soja (-27,6%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-75,6%), Minérios de níquel e seus concentrados (-100,0%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-59,8%) na Indústria Extrativa; Gorduras e óleos vegetais, soft, bruto, refinado ou fracionado (-48,1%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-60,1%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-49,8%) na Indústria de Transformação.
Até a 1° Semana de Abril/2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 16,9% em Agropecuária, que somou US$ 0,11 bilhões; queda de -58,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 0,19 bilhões e, por fim, queda de -4,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 4,50 bilhões. A combinação destes resultados motivou a queda das importações.
O movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (-17,6%), Cevada, não moída (-99,2%) e Matérias vegetais em bruto (-14,7%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-85,1%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-48,9%) e Gás natural, liquefeito ou não (-72,2%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-36,2%), Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (-42,0%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-59,1%) na Indústria de Transformação.
Ainda que o resultado das importações tenha sido de queda, os seguintes produtos tiveram aumento: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados ( 69,4%), Cacau em bruto ou torrado ( 80,0%) e Soja (2.036.208,7%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) ( 66,5%), Pedra, areia e cascalho (60,8%) e Linhita e turfa ( 45,4%) na Indústria Extrativa; Polímeros de etileno, em formas primárias (66,9%), Cobre (67,5%) e Obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (84,7%) na Indústria de Transformação