Tesla (NASDAQ:TSLA), a gigante dos veículos elétricos, enfrenta um momento decisivo conforme planeja cortar mais de 10% de sua força de trabalho global. Com uma equipe de 140.473 funcionários ao fim de dezembro de 2023, a redução pode impactar significativamente o quadro de colaboradores da empresa. Segundo o CEO Elon Musk, essa medida drástica é parte de um esforço mais amplo para ajustar a empresa à nova realidade econômica e prepará-la para futuras fases de crescimento.
A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34).
“Estamos focados em reduzir custos e aumentar a produtividade em todos os aspectos da empresa”, declarou Musk no memorando. Essa decisão surge em um contexto onde Tesla não apenas viu uma queda nas entregas globais de veículos pela primeira vez em quase quatro anos, mas também enfrenta uma intensa guerra de preços e uma desaceleração nas vendas. Apesar de reduções nos preços, a demanda não reagiu como esperado, o que sugere desafios significativos no horizonte.
A Tesla se prepara agora para enfrentar um 2024 desafiador, marcado pela necessidade de atualizar modelos antigos e competir com rivais que oferecem alternativas mais acessíveis, especialmente na China, o maior mercado automotivo do mundo. A estratégia da empresa de manter altas as margens de lucro também foi afetada, com o lucro bruto no último trimestre atingindo o menor nível em mais de quatro anos.
Este anúncio ocorre após a Tesla já ter reduzido sua força de trabalho em Nova York em 4% no início do último ano, um corte que coincidiu com o início de movimentos sindicais entre seus funcionários. A Tesla está programada para divulgar seus resultados trimestrais em 23 de abril.