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Analistas de Wall Street discutem próximos passos do Fed após dados de inflação

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O recente dado da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, divulgado nesta quarta-feira, trouxe um alívio para alguns economistas que temiam que o Fed não teria condições de cortar os juros ainda neste ano. A variação de 0,3% do CPI em abril, ligeiramente abaixo dos últimos três meses e das projeções medianas, coincidiu com uma inesperada estabilidade nas vendas do varejo no mesmo mês.

Andrea Damico, economista chefe da Armor Capital, destacou que o dado estável do varejo foi a principal surpresa do dia, com a projeção da Reuters sendo uma alta de 0,4%. Houve uma queda em várias categorias de produtos, indicando um dos primeiros sinais de desaceleração da economia americana após um primeiro trimestre forte em consumo e investimentos. “É importante termos dados mais fracos, pois isso pode ajudar o Fed. Hoje temos praticamente uma manutenção de juros, mas esse dado aumenta a probabilidade de um corte neste ano”, afirmou Andrea.

Embora o CPI não seja o dado mais observado pelo Fed, que prefere o PCE, a medida de núcleo do CPI veio praticamente em linha com o esperado, e o “supernúcleo” (excluindo habitação) desacelerou, embora ainda esteja em um patamar elevado. “Ele desacelerou de 0,65% para 0,42%, mostrando um arrefecimento na margem, mas ainda é um número desconfortável para o Fed”, explicou Andrea.

Greg Wilensky, chefe de renda fixa dos EUA e gerente de portfólio na Janus Henderson Investors, também acredita que os dados de inflação desta semana mantêm vivas as esperanças de um corte inicial na principal taxa de juros do Fed no segundo semestre. Wilensky destacou que o mercado agora está precificando dois cortes de juros para 2024 e prevê uma aterrissagem suave da economia, com a inflação se aproximando de sua meta.

O Itaú observou que o CPI de abril sugere uma leitura do núcleo do PCE de 0,24%, melhor que a média de 0,36% do primeiro trimestre, mas insuficiente para iniciar um ciclo de flexibilização agora. “A inflação continua elevada, e mantemos a visão de que o Fed manterá as taxas elevadas por mais tempo, iniciando cortes apenas em dezembro”, afirmou o banco.

Danilo Igliori, economista chefe da Nomad, vê os dados do CPI de abril renovando as esperanças para a retomada do processo de desinflação nos EUA. “Os mercados reagiram positivamente, antecipando que os números benignos do CPI aumentam as chances de cortes de juros antes de setembro”, previu.

Matheus Pizzani, economista da CM Capital, comentou que a divulgação foi heterogênea, com efeitos difusos entre diferentes grupos que formam o CPI. “Embora o CPI não seja o indicador oficial do Fed, três preços específicos – veículos novos, eletricidade e habitação – são monitorados de perto. A alta de 0,4% na habitação pelo terceiro mês consecutivo mostra resiliência, mas a trajetória geral da inflação ainda oferece pouco espaço para cortes de juros na primeira metade do ano.”

Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, alertou que os preços de serviços continuam pressionando a inflação, um reflexo do mercado de trabalho aquecido. “Apesar das expectativas de cortes de juros ainda neste ano, a persistência da pressão inflacionária é inconsistente com o início do ciclo de cortes em 2024”, afirmou.

Scott Helfstein, chefe de estratégias de investimentos da Global X, prevê que o Fed continuará paciente, com um corte em dezembro sendo mais provável. “Um ambiente estável de taxas e inflação é bom para as empresas. O crescimento econômico será impulsionado pelo investimento empresarial no final do ano”, previu.

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, acredita que a inflação ainda está longe da meta, mas é possível pensar em pelo menos uma queda de juros até o final do ano. “Os dados favorecem pelo menos uma queda até o final do ano”, concluiu.

Reações de Wall Street

Evercore ISI, RBC Capital Markets, Wolfe Research, Wells Fargo e Morgan Stanley compartilharam análises semelhantes. A maioria vê os dados atuais como um alívio, mas ainda insuficientes para uma celebração. A expectativa é de que o Fed permaneça em espera pela maior parte do ano, com cortes de juros potencialmente no final de 2024, dependendo de futuras leituras de inflação e crescimento econômico.

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