Ibovespa sobe 0,21%, na expectativa para a decisão de juros do Banco Central

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, com o clima de cautela predominando entre os investidores, na expectativa para a decisão de juros do Banco Central nesta noite. Operadores também reagiram a uma série de balanços corporativos, com destaque para BRF, que apresentou resultado acima das expectativas.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O Ibovespa fechou em alta de 0,21%, aos 129.480 pontos, e com volume de negócios de R$ 16,7 bilhões, considerado mediano.

O mercado está de olho em decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, às 18h30, com as atenções voltadas para o ritmo dos cortes da Selic e o tom do comunicado a ser adotado pelos membros do colegiado.

Parte do mercado acredita na redução do ritmo de corte da Selic para 0,25 ponto percentual, embora uma parcela ainda aposte na manutenção do ritmo de alívio em 0,50, ponto percentual, como observado nas últimas seis reuniões e indicado pela própria autarquia em março.

Ao fim da tarde desta quarta, de acordo com as opções digitais para o Copom negociadas na B3, 80,5% dos investidores esperam por um corte de 25 pontos-base e apenas 17,5% estimam um corte de 50 pontos-base. Por outro lado, segundo pesquisa da XP, 45% dos investidores institucionais estimam corte de 50 pontos-base, enquanto 55% apostam em corte de 25 pbs.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse esperar que os juros sigam caindo. Em sua leitura, a taxa básica encontra-se em patamar “muito elevado” e a inflação local está “comportada”.

Entre os indicadores econômicos, o IBGE divulgou os dados das vendas no varejo, que ficaram estáveis em março na comparação com o mês anterior, e subiram 5,7% sobre um ano antes.

No âmbito corporativo, agentes avaliaram uma série de balanços corporativos, com destaque para os resultados da BRF, que reportou lucro líquido de R$594 milhões no primeiro trimestre do ano. Foi o segundo trimestre consecutivo no azul. O resultado também reverteu prejuízo líquido de R$1 bilhão em igual período de 2023.

Na ponta oposta, o mercado reagiu negativamente aos resultados do GPA, que divulgou um prejuízo líquido das operações continuadas de R$407 milhões, acima da perda de R$319 milhões um ano antes, afetado pela adesão ao programa de quitação de débitos de ICMS com o Estado de São Paulo e impairment após a venda da sede administrativa.

Excluindo esses itens, não recorrentes, o prejuízo seria de R$ 197 milhões, melhor que no mesmo período de 2023.

Em Wall Street, os principais índices acionários encerraram sem direção definida, sem grandes catalisadores econômicos, e ainda sob a narrativa contínua de apostas de corte de juros pelo Federal Reserve neste ano.

O índice Nasdaq 100 encerrou em queda de 0,18%, o S&P500 fechou estável e o Dow Jones avançou 0,44%. Ao fim do dia, os rendimentos das Treasuries de dez anos subiam 3,3 pontos-base, a 4,494%, e as de dois anos avançavam 1,1 pbs, a 4,839%.

Mais cedo, o Tesouro dos EUA ofertou US$42,0 bilhões em leilão de Treasuries de dez anos, com taxa de corte de 4,48%. Os rendimentos dos títulos aceleraram ligeiramente alta após o certame, dado que a taxa de corte saiu superior ao yield negociado antes do leilão, indicando demanda aquém das expectativas.

Em meio à falta de indicadores de atividade econômica, investidores seguem atentos aos membros do Fed. Hoje a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse que provavelmente as taxas de juros terão que permanecer nos níveis atuais por mais tempo, até que a inflação se mova de forma sustentável para a meta do Fed de 2%. Ela não é membro votante do FOMC neste ano.

Entre as ações, destaque para os resultados da Uber, que registrou prejuízo líquido bem acima das projeções dos analistas e uma receita mais fraca do que o esperado pelo mercado. As ações da companhia negociadas na NYSE despencaram 5,72%. No primeiro trimestre, a companhia registrou prejuízo líquido de US$654 milhões, pior que consenso, de US$503,1 milhões para o período.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Ambev (ABEV3)

   A Ambev registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,804 bilhões no primeiro trimestre de 2024, montante 0,04% menor do que o apurado um ano antes. A empresa também divulgou lucro líquido ajustado, de R$ 3,817 bilhões, leve queda de 0,6% ante o mesmo período de 2023. Saiba mais…

   Auren Energia (AURE3)

   A geradora de energia Auren registrou lucro líquido de R$ 253,6 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 10,3% frente o reportado em igual etapa do ano passado. Saiba mais…

   Banrisul (BRSR6)

   O Banrisul prestou informações e esclarecimentos sobre o evento climático extremo e sem precedentes ocorrido no Rio Grande do Sul. Saiba mais…

   Blau (BLAU3)

   A Blau Farmacêutica registrou um lucro de R$ 40,1 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 22,7% no ano. Saiba mais…

   BRF (BRFS3)

   A BRF encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 594 milhões. Foi o segundo trimestre consecutivo no azul, e o resultado reverteu um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão em igual período de 2023. Saiba mais…

   A BRF aprovou um novo programa de recompra de ações ordinárias, que pode chegar até 14 milhões de ações ordinárias. Saiba mais…

   Carrefour (CRFB3)

   O Carrefour teve um lucro líquido de R$ 39 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 113 milhões do mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Cury (CURY3)

   A Cury registrou um lucro líquido de R$ 141,2 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), apresentando uma queda de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

   Engie (EGIE3)

   A Engie Brasil reportou lucro líquido de R$1,68 bilhão no primeiro trimestre, alta de 90,9% ante igual período de um ano antes, informou a companhia. Saiba mais…

   Eternit (ETER3)

   A fabricante de material de construção Eternit registrou no primeiro trimestre lucro líquido de R$ 241 mil, queda de 98,9% sobre o mesmo período de 2023. Saiba mais…

   Fras-le Mobility (FRAS3)

   A Fras-Le apresentou um lucro líquido de R$ 109,1 milhões, de acordo com os resultados divulgados. Entre os destaques financeiros estão o lucro bruto de R$ 289,7 milhões e o lucro antes do IRPJ e CSLL de R$ 168,3 milhões. Saiba mais…

   GPA (PCAR3)

   O GPA reportou prejuízo líquido consolidado aos controladores de R$ 660 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma piora de 166,5% ante ao apresentado um ano antes. O resultado leva em consideração operações descontinuadas e eventos extraordinários. Saiba mais…

   JBS (JBSS3)

   A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou uma proposta de acordo de R$ 20 milhões para encerrar processo que avaliava se houve fraude na incorporação da Bertin pela JBS. Os irmãos Joesley e Wesley Batista pagarão R$ 15,5 milhões, quase 80% do valor total acordado. Saiba mais…

   JSL (JSLG3)

   A JSL reportou lucro líquido de R$ 33,6 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T24), montante 25,4% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023, informou a companhia de logística. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a estatal está na fase de submeter os primeiros planos de aquisição em geração de energia renovável ao Conselho de Administração. Saiba mais…

   A Petrobras avalia eventualmente comprar a participação da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem que está à venda, caso não haja um interessado, e buscar sozinha posteriormente um sócio para o ativo, afirmou na véspera o CEO Jean Paul Prates, em entrevista em vídeo à agência epbr, em Houston. Saiba mais…

   PRIO (PRIO3)

   A PRIO reportou lucro líquido de US$ 217,7 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma retração de 2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, devido ao aumento na depreciação e amortização em razão do ajuste da curva de produção. Saiba mais…

   RD Saúde (RADL3)

   A RD, antiga Raia Drogasil, registrou um lucro líquido ajustado de R$ 213,7 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Rumo (RAIL3)

   A Rumo anunciou o cumprimento das condições para o Step Down de taxa na 2ª emissão de debêntures da Malha Paulista. Saiba mais…

   Santos Brasil (STBP3)

   A Santos Brasil anunciou que movimentou 127.184 contêineres no mês de abril, alta de 19,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Suzano (SUZB3)

   A Suzano presta esclarecimentos após a divulgação de informações na imprensa de que estaria se preparando para fazer uma proposta de aquisição pela International Paper. Saiba mais…

   Tegma (TGMA3)

   A Tegma informou que as enchentes no Rio Grande do Sul não afetaram de maneira significativa suas principais instalações, nem a mais importante rota de escoamento de veículos de sua principal base no estado para o restante do país. Saiba mais…

   Telefônica Brasil (VIVT3)

   A Telefônica, dona da Vivo, reportou lucro líquido de R$ 896 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T24), montante 7,3% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023, informou a companhia. Saiba mais…

   Totvs (TOTS3)

   A Totvs exerceu a opção de compra das ações remanescentes da RD Gestão e Sistemas correspondentes a 337.981 ações ordinárias pelo valor aproximado de R$ 259 milhões. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   A Vale informou que tomou conhecimento, a partir de notícias da mídia, de um pedido ajuizado pela Advocacia Geral da União (AGU) contra a Samarco Mineração, BHP Brasil e Vale, para pagamento de R$ 79,6 bilhões. Saiba mais…

   A Vale apresentou, há duas semanas, uma proposta de pagar R$ 16 bilhões ao governo federal por outorgas não quitadas na renovação antecipada dos contratos das estradas de ferro Carajás e Vitória Minas, conforme apurado pelo Broadcast. Saiba mais…

   Vulcabras (VULC3)

   A Vulcabras apresentou  lucro líquido de R$ 88,8 milhões, alta de 6,2% no ano. Saiba mais…

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)