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Analistas têm visão positiva para as ações da Rede D'or, mesmo após companhia adiar planos de expansão

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A Rede D’Or atualizou seus planos de expansão e adiou a entrega de alguns projetos, mas essa postergação não foi suficiente para que os analistas mudassem a perspectiva sobre o papel. A melhora nos resultados e a parceria com o Bradesco contribuíram para que a ação continuasse com recomendação de compra.

Na atualização do Relatório de Referência, entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na última sexta-feira, a empresa informou que espera entregar 5.384 leitos entre 2024 e 2028, com custo médio de aproximadamente R$ 1,5 milhão/leito.

O Bradesco BBI lembra que embora não tenha ocorrido uma mudança no número de leitos, o plano de expansão reduziu a entrega no período de 2023 a 2025 em relação à projeção anterior.

“O adiamento foi provavelmente impulsionado por projetos brownfield (expansão ou reforma de um empreendimento), que representam a maior parte do plano de expansão, ou 70% do total de novos leitos para 2024-28. Vemos isso como negativo, pois indica uma demanda menor do que o esperado anteriormente nos hospitais existentes”, explicam os analistas da instituição, em relatório.

Apesar do ajuste, o Bradesco BBI revisou de R$ 31 para R$ 32 o preço-alvo do papel. A mudança foi feita após a incorporação dos resultados do primeiro trimestre de 2024, da atualização do plano de expansão e da parceria com o Bradesco.

No início de maior, Rede D’Or (BOV:RDOR3) e Atlântica Hospitais e Participações, braço do Bradesco Seguros (BBDC4), se uniram para criar a rede de hospitais Atlântica D’Or.

A recomendação foi mantida em neutra, dado ao potencial de valorização do papel de apenas 17%.

Para o JPMorgan, essa atualização do plano de expansão pode causar um efeito negativo nas ações no curtíssimo prazo, uma vez que os detalhes dados sobre a mudança foram poucos, mas isso também cria um ponto de entrada.

“Um atraso de um ano na abertura de alguns projetos tem um impacto limitado no valor justo estimado dada a curva de ramp-up do ativo (de dois a três anos para projetos brownfield). E a suavização do plano, em nossa opinião, reflete disciplina financeira à luz do ambiente desafiador”, segundo relatório.

As ações da Rede D’Or operavam em queda de 0,95% por volta das 14h15 (horário de Brasília). Em 12 meses, a queda acumulada é de 10,2%.

Para a instituição, os atrasos podem estar relacionados a essa disciplina financeira, mas também a um atraso em licenças. A recomendação foi mantida em overweight (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra).

Já o BTG Pactual avalia que embora não tenha sido divulgado o detalhe de cada projeto, para saber qual sofreu atraso, a estimativa é de uma redução do valor patrimonial em 2%, mas sem tirar a atratividade do papel.

“Alguns projetos foram postergados, mas o plano de crescimento é basicamente o mesmo. Sustentada por melhores resultados, a parceria recente com o Bradesco e o aumento dos lucros, continuamos confiantes nas perspectivas de crescimento do segmento hospitalar e ganhos adicionais de margem em o negócio de seguros, o que nos levou a manter a nossa classificação de compra”, de acordo com relatório.

O preço-alvo para o papel em 12 meses é de R$ 40.

Informações Infomoney

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