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Bradesco BBI inicia cobertura do Banco Inter com recomendação outperform e vê valorização de 34%

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O Bradesco BBI deu início a cobertura do Banco Inter com recomendação “outperform” (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço alvo de US$ 7,80, o que representa um potencial de valorização de 34% frente o fechamento de terça-feira. Para o BBI, o bom momentum deve continuar.

O custo de captação, a oferta de produtos de crédito com melhores margens e o “desconto” em relação a outras instituições similares estão entre os fatores que justificam essa avaliação.

“O banco vem apresentando melhorias desde o primeiro trimestre de 2023, com expansão sequencial de resultados desde então, e acreditamos que isso persistirá daqui para frente”, avaliaram os analistas do Bradesco BBI.

Esse otimismo está baseado no ajuste na política de preços e produtos, que deve ajudar nas margens; a captação a um custo mais baixo (62% do CDI no primeiro trimestre ante aproximadamente 80% em outros bancos); e a alavancagem que tem possibilitado uma maior eficiência.

As ações do Inter (INBR32) negociadas em Nova York encerraram a terça-feira cotadas a US$ 5,74, o que representa uma valorização de 2,52% no acumulado do ano.

O Itaú BBA já tinha feito movimento parecido em relação ao Inter, com elevação de marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para outperform. A mudança também é baseada em uma melhoria contínua dos resultados.

Para os analistas do Bradesco BBI, o Inter deve apresentar ganhos nas margens refletindo o portfólio de produtos de crédito, que incluem financiamento com Pix, crédito com garantia de imóvel (home equity) e antecipação do FGTS, além de taxas de juros mais elevadas para o consignado.

A expectativa é que a margem de juros líquida (NIM na sigla em inglês) passe dos 9,2% registrados no primeiro trimestre de 2024 para 9,8% ao final do ano que vem, o que significa um crescimento do lucro. “Como resultado, esperamos que o Inter reporte lucro líquido de R$ 882 milhões em 2024 e R$ 1,5 bilhão em 2025, o que é 3,5% e 22,4% acima do consenso da Bloomberg, respectivamente.”

Além disso, a rentabilidade do banco deve melhorar, similar ao movimento que já ocorreu com o Nubank (ROXO34). Os analistas lembram que a melhora do Inter começou no primeiro trimestre de 2023, exatamente um ano após o início das melhorias do Nubank.

O índice de eficiência do Nubank era de 32,1% no primeiro trimestre de 2024. Esse índice representa o custo de uma instituição financeira para gerar uma receita de R$ 100, é preciso uma despesa de R$ 32,1. No caso do Inter, no mesmo período, o índice de eficiência foi de 47,7%. Nas contas do Bradesco BBI, a eficiência vai melhorar e chegar a 38,5% no ano que vem (comparando com os 28,1% esperados para o Nubank).

Além disso, a avaliação é que os papéis do Inter negociam a múltiplos considerados baixos na comparação com o Nubank e outras fintechs globais. O múltiplo P/L (preço sobre lucro) esperado para 2025 está em 8,5 vezes e o P/BV (preço da ação em relação ao valor contábil) em 1,2 vez, ante média dos pares em 22,4 vezes e 5,5 vezes, respectivamente. “É importante ressaltar que, embora não esperemos uma reversão média para os múltiplos do Inter, esperamos que a diferença em relação ao Nubank diminua no futuro, à medida que o Inter proporciona níveis mais elevados de retornos.”

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informações Infomoney

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