Meio-Dia Mercado: Ibovespa opera no campo positivo em dia de correção na véspera da decisão sobre Selic

O índice Bovespa operava com alta de 0,37%, na casa dos 119 mil pontos, em meio a preocupações dos investidores com o equilíbrio fiscal e à cautela que antecede a decisão do Banco Central sobre juros, na quarta-feira (19).

Amanhã, o Copom divulga mais uma decisão de juros (que o mercado espera que seja a manutenção do patamar atual da taxa Selic, em 10,5%). O presidente voltou a dirigir duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à condução da política monetária em entrevista à rádio CBN.

Destaque para as ações da CSN (CSNA3), que figura na maior alta do índice, subindo mais de 10%, depois da maioria no STJ decidir a favor da companhia em pleito de R$ 5 bilhões contra Ternium. A maioria dos ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu acatar um recurso da CSN para reconhecer o direito dela a uma indenização no valor de cerca de R$ 5 bilhões a ser paga pela Ternium em uma questão referente à entrada desta última na Usiminas (USIM5).

Em um julgamento que estava empatado em dois votos a dois, o ministro Antônio Carlos Ferreira deu o voto de minerva a favor da CSN no colegiado. O caso, segundo o STJ, tem como origem na compra de ações da Usiminas, em 2011, pelo grupo Ternium, no equivalente a 27,7% do total de ações da Usiminas. Após essa compra, a CSN, que detinha 12,9% das ações da companhia, ajuizou ação por entender que a Ternium deveria realizar oferta pública para compra das ações dos minoritários (tag along).

Nos Estados Unidos, as bolsas operam no campo positivo na maioria, Dow Jones: -0,11%, S&P 500: +0,06%, Nasdaq: +0,03%.

Os investidores analisam os números de vendas no varejo e produção industrial americanos em maio. Além disso, acompanham vários integrantes do Federal Reserve (Fed), incluindo a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, e o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, falam em eventos em todo o país ao longo do dia.

As bolsas é sustentada pelo aumento de 0,1% das vendas no varejo americano entre abril e maio, abaixo da alta esperada de 0,2%. O dado foi lido como um sinal de que o consumo nos Estados Unidos tem desacelerado, o que pode abrir caminho para um corte de juros nos próximos meses.