O Ibovespa encerrou em alta nesta quarta-feira, em uma sessão de recuperação, com alívio na escalada recente da retórica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o Banco Central e uma melhor sinalização em falas sobre política fiscal. Blue Chips impulsionaram o índice, com os papéis Vale, Itaú e BTG Pactual sendo os maiores contribuidores.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O Ibovespa encerrou com ganhos de 0,70%, aos 125.661 pontos. O volume de negócios ficou em R$15,7 bilhões, considerado mediano. A sessão em Wall Street foi encurtada, com os mercados fechando mais cedo diante do Feriado de Independência dos Estados Unidos, amanhã (4 de julho).

Os juros futuros encerraram a sessão em queda de até 14 pontos-base. O dólar à vista encerrou em queda de 1,72%, em linha com o índice Dólar DXY. Na sessão, o dólar futuro caminhava para a maior queda intradiária desde janeiro de 2023, após falas de Lula, recuando 1,72%, a R$5,585.

Durante evento nesta quarta, Lula afirmou que a responsabilidade fiscal é um “compromisso do seu governo”. As falas levaram os vértices longos da curva de juros a testarem as mínimas intradiárias e o dólar futuro à maior queda intradiária em mais de um ano e meio.

Entre os indicadores econômicos, investidores reagiram aos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre produção industrial brasileira, que registrou queda de 0,9% em maio na comparação mensal, segunda queda consecutiva. Na comparação anual, a produção caiu 1,0%, ante expectativa de recuo de 1,7%.

As duas maiores influências negativas para o resultado geral foram exercidas pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias e de produtos alimentícios, ambos afetados pelas chuvas no RS, informou o IBGE.

Pouco depois, a S&P Global reportou os dados do PMI de serviços do Brasil, que caiu a 54,8 em junho ante 55,3 em maio, mas permaneceu pelo nono mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Em Wall Street, os principais índices acionários encerraram sem direção definida, em uma sessão com menor liquidez e duração por conta do feriado de 4 de julho, que interrompeu as negociações na tarde de hoje e deixará o mercado fechado amanhã. S&P500 e Nasdaq 100 renovaram máximas de fechamento.

Investidores avaliaram sinais crescentes de alívio gradual na economia e no mercado de trabalho, após dados sugerirem que o PIB dos Estados Unidos está desacelerando. Treasuries yields recuaram na sessão, com maiores expectativas de corte de juro pelo Fed já a partir de setembro.

Os índices S&P500 e o Nasdaq 100 avançaram 0,51% e 0,88%, respectivamente, enquanto o Dow Jones teve um leve recuo de 0,06%. Os Treasuries yields de dois e de dez anos recuavam 3,7 pbs e 7,9 pbs, a 4,708% e 4,355%, na sequência. Os yields dos bonds de 30 anos recuaram 8,4 pbs.

Operadores reagiram a uma série de dados de emprego, que sinalizaram leve arrefecimento no mercado de trabalho. O relatório ADP mostrou a criação de 150 mil vagas em junho, uma tímida desaceleração em relação à criação de 157 mil postos em maio, e abaixo do consenso, que previa a criação de 160 mil vagas.

Já os pedidos semanais de auxílio-desemprego vieram acima do consenso do mercado, mostrando uma leve aceleração a 238 mil pedidos semanais para a semana encerrada em 29 de junho, acima do observado na semana anterior, de 234 mil postos.

O PMI divulgado pela ISM de serviços norte-americano atingiu 48,8 em junho, bem abaixo do consenso de 52,5 e do nível de 53,8 registrado em maio, atingindo assim o nível mais baixo desde a pandemia.

Durante a tarde, já com os mercados fechados, o Federal Reserve divulgou a ata da mais recente decisão de juros do Comite Federal Aberto de Política Monetária (FOMC), na qual mostrou que membros do colegiado observaram diminuição da pressão de preços no período recente.

A ata, referente à decisão de 12 de junho, ainda indicou que a leitura de desaceleração dos preços ao consumidor de maio também está entre uma série de desenvolvimentos do produto e do mercado de trabalho que suportam a visão de que a inflação encontra-se em declínio.

Book de ofertas: a mais completa do mercado financeiro, acompanhe as ofertas de compra e venda de um ativo e todos os negócios realizados no dia.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   AES Brasil (AESB3) e Auren Energia (AURE3)

   A AES Brasil anunciou que a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a combinação de negócios com a Auren tornou-se final e definitiva. Saiba mais…

   Americanas (AMER3)

   A Americanas, em recuperação judicial, decidiu integrar os sites e os aplicativos do Shoptime e do Submarino à marca principal da companhia. A iniciativa faz parte da nova estratégia digital da empresa, que tem a intenção de fazer de seu shopping virtual um ambiente de lojas oficiais de grandes marcas. Saiba mais…

   CCR (CCRO3)

   A recuperação das rodovias atingidas pelas chuvas e que são administradas pela CCR no Rio Grande do Sul deve demorar um ano e custar R$ 250 milhões, prevê a companhia. Saiba mais…

   Dotz (DOTZ3)

   O conselho de administração da Dotz aprovou a eleição de Gustavo Wanderley Dias como novo diretor financeiro e de relações com investidores, informou a companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Saiba mais…

   Eletrobras (ELET3/ELET6)

   A Eletrobras concluiu o programa de recompra de ações de emissão da companhia no valor de R$ 1,97 bilhão. As ações recompradas serão mantidas em tesouraria, podendo ser canceladas ou alienadas no futuro. Saiba mais…

   Equatorial (EQTL3)

   A Equatorial Energia colocou ativos de transmissão à venda, como estratégia para fortalecer sua estrutura de capital para diversificar suas operações em saneamento, a partir de uma fatia de 15% da Sabesp, pela qual pagará pelo menos R$ 6,9 bilhões. Algumas linhas de transmissão do grupo já foram oferecidas a potenciais investidores, apurou o Estadão/Broadcast. Os termos da privatização da Sabesp preveem investimentos de R$ 70 bilhões até 2029 para universalização de serviços de água e esgoto. Saiba mais…

   Kora Saúde (KRSA3)

   A agência de classificação de risco Moody’s Local rebaixou o rating corporativo da Kora Saúde Participações para ‘A-.br’, de ‘A.br’. Saiba mais…

   Orizon (ORVR3)

   A Orizon Valorização de Resíduos aprovou a 1ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie com garantia real, com garantia fidejussória adicional, em série única, da Barueri Energia Renovável, perfazendo o montante total de R$ 395 milhões. Saiba mais…

   Sabesp (SBSP3)

   Investidores sinalizaram interesse em adquirir mais de R$ 30 bilhões em ações da Sabesp – bem mais do que está disponível hoje -, no que deverá ser a maior oferta da América Latina neste ano, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   A Vale esclarece artigo publicado na presente data pelo veículo de notícias Bloomberg1 , que menciona a definição de executivo para a posição de Presidente da Vale Base Metal (VBM), companhia cujo controle é detido pela Vale. Saiba mais…

   

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)