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Ações da Under Armour disparam com resultados no primeiro trimestre

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A Under Armour apresentou resultados robustos no primeiro trimestre fiscal, evidenciando que a renovação da liderança está surtindo efeito. Com a saída da CEO Stephanie Linnartz em março e o retorno do fundador Kevin Plank ao cargo de CEO em abril, a empresa iniciou um processo de reestruturação que já mostra sinais positivos.

No primeiro trimestre, a Under Armour relatou lucros ajustados por ação de um centavo, superando a expectativa de Wall Street de um prejuízo de oito centavos. A receita foi de US$ 1,18 bilhão, uma queda de 10% em comparação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda acima da previsão de US$ 1,14 bilhão.

As margens brutas aumentaram 110 pontos-base, atingindo 47,5%, impulsionadas por menores descontos e custos de produtos reduzidos.

As ações da Under Armour (NYSE:UAA) listadas em Nova Iorque fecharam em alta de 19% na quinta-feira (8), a US$ 7,71, registrando o maior aumento percentual desde outubro de 2018. No entanto, as ações ainda caíram mais de 10% no acumulado do ano, refletindo a divisão entre os investidores sobre a eficácia da estratégia de recuperação no longo prazo.

A Under Armour também é negociada na B3 através da BDR (BOV:U1AI34). A BDR da Under Armour subiu 44,74% na quinta-feira, a R$ 51,99 reais, ou mais R$ 16,07 reais por ação.

Kevin Plank expressou otimismo com os resultados iniciais da reestruturação e destacou o progresso na reposição da marca como premium. Para o ano fiscal de 2025, a Under Armour elevou sua previsão de lucros ajustados por ação para uma faixa de 19 a 22 centavos, acima da previsão anterior de 18 a 21 centavos. Analistas esperavam 21 centavos.

Analistas como Simeon Siegel, da BMO Capital Markets, estão otimistas. Ele acredita que a iniciativa de vender menos produtos a preços mais altos impulsionará as margens brutas e o valor das ações. Por outro lado, Sharon Zackfia, da William Blair, concorda com o potencial de recuperação, mas alerta que os novos produtos só chegarão ao mercado no segundo semestre de 2026.

Paul Lejuez, do Citigroup, adota uma postura mais cautelosa. Embora reconheça a melhoria nas margens, ele aponta riscos de custos de frete mais elevados e adversidades cambiais. Ele prevê que as ações terão um bom desempenho no curto prazo, mas destaca os desafios significativos que a empresa ainda enfrenta para uma recuperação total da marca.

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