Os gastos crescentes da Amazon (NASDAQ:AMZN) em inteligência artificial após um período de corte de custos, que impulsionou seus lucros, estão gerando preocupações entre os investidores sobre a possível queda dos fluxos de caixa. Isso resultou em uma queda no desempenho das ações da empresa, que ficaram atrás de outras gigantes de tecnologia. Segundo a Bloomberg, investidores temem que a retomada de investimentos possa pressionar as margens e interromper o crescimento dos lucros da empresa nos próximos trimestres.
A Amazon também é negociada na B3 através da BDR (BOV:AMZO34).
A combinação de negócios diversificados da Amazon, incluindo varejo e streaming, a torna vulnerável a fatores macroeconômicos, o que a diferencia de seus pares de tecnologia. A fraqueza do consumidor americano pode impactar negativamente o segmento de varejo da empresa, embora sua unidade de computação em nuvem, AWS, continue a ser um ponto forte. O crescimento do lucro operacional (EBIT) da Amazon deve desacelerar, o que pode influenciar ainda mais a percepção dos investidores.
Além disso, a Amazon enfrenta críticas por não retornar capital aos acionistas na forma de dividendos ou recompras significativas de ações, ao contrário de outras grandes empresas de tecnologia. Seu programa de recompra de US$ 10 bilhões, iniciado em 2022, ainda está longe de ser concluído, enquanto outras gigantes aprovaram recompras de valor muito superior. Analistas sugerem que uma política de retorno de capital mais robusta poderia melhorar a avaliação da empresa.
Apesar dos desafios, há indícios de que investidores estão aproveitando a recente queda nas ações da Amazon, assim como em outras grandes empresas de tecnologia, para aumentar suas posições. Desde a baixa de agosto, as ações da Amazon subiram cerca de 11%, indicando que alguns investidores ainda veem potencial de valorização, especialmente considerando o desconto em sua avaliação comparado a outras empresas do grupo Magnificent Seven.
A Amazon está sendo negociada a aproximadamente 28 vezes os lucros futuros, um valor inferior ao de seus concorrentes, exceto a Alphabet (NASDAQ:GOOGL). Esse múltiplo reduzido pode atrair investidores que enxergam uma oportunidade de compra na queda das ações, apostando na recuperação da empresa a médio e longo prazo.