O dólar fechou em queda, pela 5ª sessão seguida e abaixo dos R$ 5,50, acompanhando a desvalorização do iene, que alivia o movimento de desmonte de operações de carry trade.

Um pano de fundo positivo para o real é também a perspectiva de Selic alta por mais tempo, em contraposição à uma expectativa de queda nos juros americanos, que favorece a entrada de fluxo estrangeiro por aqui.

Na mínima, o dólar furou os R$ 5,50 (R$ 5,4729) e fechou perto disso, com queda de 0,34%, a R$ 5,4962 no mercado à vista. Às 17h05, o futuro setembro caía 0,20%, a R$ 5,4960.

A perspectiva de uma política monetária conservadora por aqui foi reforçada por discursos de Campos Neto e Gabriel Galípolo nesta 2ªF. Pela manhã, Campos Neto reiterou que a instituição buscará a meta de inflação mesmo após sua saída. Pela tarde, Galípolo reafirmou que uma eventual alta de juros está na mesa do Copom, embora isso dependa de dados. Mas lembrou que a inclusão de possibilidade de alta “não é guidance”.

No Focus, embora tenha havido uma ligeira queda, de 3,98% para 3,97%, na expectativa do IPCA 2025, a previsão mediana para 2024 se aproximou mais do teto da meta, de 4,12% para 4,20%.

Lá fora, o índice dólar passou parte do dia em torno da estabilidade, com investidores à espera do CPI de julho, na quarta-feira. A tensão geopolítica crescente no Oriente Médio, que reduziu os juros dos Treasuries não parece ter afetado o câmbio.

Às 17h05, a libra subia 0,08%, a US$ 1,2768, o euro avançava 0,14%, a US$ 1,0930, mas o iene caía 0,39%, a 147,183/US$.

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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)