A Exxon Mobil (NYSE:XOM) registrou o segundo maior resultado trimestral da última década, impulsionada por produção recorde na Guiana e na Bacia do Permiano. Apesar disso, as ações da Exxon caíram cerca de 0,6% nas negociações de tarde.
A Exxon Mobil também é negociada na B3 através da BDR (BOV:EXXO34).
O CEO Darren Woods destacou que a produção de petróleo no segundo trimestre foi a mais alta desde a fusão entre Exxon e Mobil em 1999. A Exxon reportou lucro por ação de US$ 2,14, superando a expectativa de US$ 2,01. A receita foi de US$ 93,06 bilhões, acima dos US$ 90,99 bilhões projetados por analistas.
O lucro líquido da Exxon atingiu US$ 9,2 bilhões, um aumento de 17% em relação aos US$ 7,9 bilhões do ano anterior. A recente aquisição da Pioneer Natural Resources em maio contribuiu com US$ 500 milhões para os lucros. A receita anual aumentou de US$ 82,91 bilhões para US$ 93,06 bilhões.
Apesar do forte desempenho trimestral, a Exxon registrou uma queda de 9% no lucro anual acumulado, totalizando US$ 17,5 bilhões, devido a margens de refino e preços do gás natural mais baixos. A produção de petróleo aumentou 15%, atingindo 4,4 milhões de barris por dia, impulsionada pelos recordes na Guiana e no Permiano.
As despesas de capital e exploração somaram US$ 7 bilhões no trimestre, incluindo US$ 700 milhões relacionados ao acordo da Pioneer. A Exxon prevê gastos de capital de US$ 28 bilhões para o ano. Os retornos aos acionistas totalizaram US$ 9,5 bilhões, com US$ 4,3 bilhões em dividendos e US$ 5,2 bilhões em recompra de ações.
Desde o início de 2024, as ações da Exxon subiram quase 17%. A aquisição da Pioneer por US$ 63 bilhões foi fundamental para aumentar a produção de petróleo e gás natural, preparando a empresa para alcançar uma média diária de mais de 4 milhões de barris este ano. O sucesso da Exxon tranquilizou os investidores sobre sua capacidade de aumentar as recompensas aos acionistas em 15%, alcançando US$ 20 bilhões anuais.
A produção recorde nos ativos da Guiana e do Permiano reforçou a posição da Exxon como a maior produtora na Bacia do Permiano após a aquisição da Pioneer. O CFO Kathy Mikells destacou que a integração da Pioneer está superando as expectativas em termos de economia de custos, contribuindo para o aumento planejado de 12% nos gastos anuais de capital.
Apesar do desempenho fraco no refino de petróleo devido à menor demanda por gasolina e diesel, a Exxon conseguiu aumentar a produção e os retornos, focando em projetos de combustíveis fósseis que garantem fluxos de caixa de longo prazo.