A Honda Motor Co. (NYSE:HMC) alcançou um lucro operacional recorde no primeiro trimestre, impulsionada pelas fortes vendas nos Estados Unidos, que compensaram a desaceleração na China. Durante os três meses até junho, a Honda registrou um aumento de 23% no lucro operacional, atingindo ¥484,7 bilhões (US$ 3,3 bilhões), superando as estimativas dos analistas de ¥442 bilhões. A demanda constante por automóveis nos EUA e as fortes vendas de motocicletas na Índia e no Brasil contribuíram para esses resultados positivos, juntamente com o iene fraco.
A Honda Motor também é negociada na B3 através da BDR (BOV:HOND34).
A empresa, no entanto, manteve sua previsão de lucro inalterada em ¥1,42 trilhão, alinhando-se com outras montadoras japonesas que adiaram a revisão de suas previsões devido à volatilidade recente da moeda japonesa.
Eiji Fujimura, diretor financeiro da Honda, destacou que as vendas de híbridos foram robustas nos principais mercados, Japão e EUA, e que os lucros aumentaram nos segmentos de veículos de duas e quatro rodas.
A demanda crescente por híbridos, estimulada pela redução dos subsídios para veículos elétricos a bateria, tem beneficiado a Honda. A empresa espera vender 1 milhão de híbridos este ano e planeja aumentar a produção para investir mais na fabricação de veículos elétricos (EVs).
A Honda também anunciou um investimento de ¥10 trilhões até 2030 para expandir sua capacidade de produção elétrica, com o objetivo de que os carros eletrificados representem 100% de suas vendas até 2040.
Apesar do sucesso nos EUA, a Honda enfrenta desafios na China devido à falta de veículos elétricos competitivos para competir com empresas locais como a BYD Co. (USOTC:BYDDY). As vendas da Honda na China caíram 40% em junho, levando à decisão de fechar uma de suas fábricas de joint venture em novembro. Fujimura mencionou que a empresa está revisando sua capacidade de produção na China e planeja lançar novos veículos elétricos atraentes.
A Honda planeja lançar dois novos modelos elétricos na China ainda este ano, os primeiros de dez novos modelos que serão introduzidos no país até 2027. Para fortalecer sua competitividade na China, a Honda concordou em colaborar com a Nissan Motor Co. no desenvolvimento de software, baterias e outras tecnologias relacionadas a veículos elétricos.
Devido à recente volatilidade do iene, a Honda decidiu manter sua previsão de câmbio de ¥140 por dólar, apesar da incerteza nos mercados. O vice-governador do Banco do Japão, Shinichi Uchida, prometeu não aumentar as taxas de juros durante a instabilidade do mercado, enquanto a Honda continua cautelosa quanto ao impacto potencial dessa volatilidade na economia real e no negócio de veículos de duas rodas.