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Pague Menos (PGMN3): lucro líquido de R$ 44,2 milhões no 2T24

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A rede de farmácias Pague Menos reportou lucro líquido de R$ 44,2 milhões no 2T24, revertendo o prejuízo de R$ 2,9 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. A margem líquida atingiu 1,3%, o que representa um expressivo incremento de 1,4p.p. na comparação anual.

O positivo resultado do trimestre evidencia a boa execução do plano traçado pós aquisição da Extrafarma, com progressiva evolução operacional (crescimento de vendas, captura de sinergias e incremento de margens) combinada com gradual desalavancagem financeira (redução no endividamento e otimização do ciclo de caixa).

As receitas cresceram 10,6%, para R$ 3,14 bilhões.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização –  ajustado totalizou R$ 176,9 milhões no 2T24, crescendo 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o crescimento foi de expressivos 31,9%, refletindo o bom momento operacional pelo qual passa a Companhia.

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O lucro bruto consolidado atingiu R$ 1,023 bilhão no 2T24, crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a margem bruta recuou 0,6p.p. na comparação anual, fechando o trimestre em 30,4%.

As despesas G&A totalizaram R$ 90,5 milhões no 2T24, mantendo-se em patamar semelhante ao do 1T24. Como percentual da receita bruta, esse grupo de despesas representou 2,7%, recuando 0,2p.p. em relação ao 1T24, refletindo a maior diluição de despesas gerada pela aceleração no crescimento de vendas, e mantendose estável em relação ao 2T23.

O resultado financeiro totalizou R$ 86,7 milhões no 2T24, recuando 25,9% na comparação com o ano anterior, com relevante redução em despesas com antecipações de recebíveis e juros provisionados. Já na comparação com o 1T24, o resultado financeiro reduziu 14%, em decorrência, principalmente,do menor serviço da dívida e redução do Ajuste a Valor Presente (AVP).

O crescimento total de vendas foi de 12,2%, puxado principalmente pelo crescimento de lojas maduras de 10,3%, mais que o dobro da inflação do período. Lojas em maturação contribuíram positivamente com 2,8p.p. no crescimento, enquanto lojas fechadas nos últimos 12 meses contribuíram negativamente com 0,9p.p.

O crescimento mesmas lojas (SSS) foi de 11,4% no trimestre, acelerando 1,8p.p. em relação ao trimestre anterior. A companhia observou a boa tendência de crescimento em ambas as empresas, com Pague Menos registrando SSS de 10,5% e Extrafarma 15,8%. Em Extrafarma, destacam a forte contribuição de lojas convertidas, que apresentaram expressivo crescimento de 23,7%, enquanto as demais expandiram 12,7%.

A companhia encerrou o 2T24 com 1.653 lojas, reduzindo uma unidade em relação ao trimestre anterior, sendo uma inauguração e dois fechamentos. Com isso, concluiu no trimestre a projeção de aberturas de 30 lojas no ano de 2024.

O capex totalizou R$ 41,7 milhões, recuando 38% na comparação com o ano anterior, refletindo o momento atual de desalavancagem financeira da Companhia.

O índice de dívida líquida / EBITDA atingiu 2,5x no 2T24, acumulando uma redução de 0,6x nos últimos 12 meses. A dívida líquida totalizou R$ 1,352 bilhão, mantendo-se relativamente estável em relação ao 1T24.

Os resultados da Pague Menos (BOV:PGMN3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 06/08/2024.

VISÃO DO MERCADO

A Pague Menos reportou uma melhoria dos resultados do segundo trimestre, aponta a XP, com a Extrafarma (EF) se beneficiando dos ajustes operacionais e melhorando a rentabilidade devido à alavancagem operacional e ganhos de eficiência.

O BBI ressalta que os números ficaram acima do que esperava (com o Ebitda ajustado superando a estimativa em 4% e o lucro líquido ficando 39% acima da expectativa, mas em grande parte devido a receitas financeiras, que incluíram ganhos em créditos fiscais). As vendas cresceram 12% em base anual, lideradas por fortes 10,3% em vendas nas mesmas lojas (SSS) de lojas maduras e 38% em canais digitais (avanço anual de 2,7 pp, para 14,1% das vendas). A margem Ebitda melhorou 0,2 pp em base anual, para 5,3%, apesar dos menores ganhos com o aumento de preço da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

“O principal destaque foi o ciclo de caixa, que melhorou oito dias em base anual para 56 dias, ou 14 excluindo a normalização em andamento dos recebíveis. A Pague Menos também revisou a orientação de alavancagem de até 1,7 vez a relação dívida líquida/Ebitda no 4T24 para 2,0 vezes, o que está bem abaixo dos atuais 2,9 vezes no 2T24 (ajustando para dívida de R$ 220 milhões da Extrafarma) e da nossa estimativa de 2,4x para o 4T24”, aponta o BBI.

O Itaú BBA avaliou que a Pague Menos reportou resultados “decentes”. A receita líquida ficou praticamente alinhada com a sua estimativa, com um sólido crescimento de 12% em base anual, embora a rentabilidade não tenha atingido as suas expectativas tanto para a margem bruta quanto para a margem Ebitda (rentabilidade operacional). O lucro líquido, por sua vez, ficou 42% acima da sua projeção, principalmente impulsionado por resultados financeiros melhores do que o esperado. Por ora, o banco mantém recomendação neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para PGMN3, com preço-alvo ao final de 2024 de R$ 4,20.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas

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