Na segunda-feira (23), Gil Luria, da DA Davidson, reduziu sua recomendação de “compra” para “neutro” nas ações da Microsoft (NASDAQ:MSFT). Luria manteve o preço-alvo em US$ 475, sugerindo uma alta de 9,1% em relação ao valor atual de US$ 435,27. A empresa já havia demonstrado crescimento acelerado com a adoção de IA generativa, mas Luria argumenta que essa liderança está em declínio.
Apesar do crescimento do Azure, Luria destaca que Amazon (AWS) e Google (GCP) têm acelerado suas operações, competindo de forma mais eficaz. Além disso, ele cita a vantagem dessas empresas no uso de chips proprietários, enquanto a Microsoft continua dependente da Nvidia, o que pode prejudicar as margens no futuro.
Segundo o analista, os semicondutores hiperescaladores da Amazon e do Google colocam essas empresas à frente da Microsoft em tecnologia. Isso obriga a Microsoft a investir pesadamente em infraestrutura, afetando suas margens operacionais. Para manter a competitividade, a gigante de software precisaria cortar custos, incluindo demissões.
Mesmo com um desempenho positivo no ano, com as ações subindo 15,8%, Luria observa que a dependência da Microsoft em relação a fornecedores externos a coloca em desvantagem estratégica. Ele prevê uma queda nas margens operacionais no ano fiscal de 2025, sugerindo que a empresa enfrenta dificuldades para manter seu crescimento recente.
Embora a maioria dos analistas mantenha uma perspectiva otimista, a análise de Luria expõe vulnerabilidades na estratégia da Microsoft em competir com Amazon e Google. O alto investimento contínuo em data centers e sua dependência da Nvidia podem limitar seu potencial de crescimento futuro, segundo a análise de Luria.
A Microsoft também é negociada na B3 através da BDR (BOV:MSFT34).