O Bradesco BBI elevou recomendação para ação da Braskem de market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), mas manteve o preço-alvo de R$ 24 por ação, o que implica em potencial de valorização de 33% frente a cotação de fechamento da última segunda-feira (2) de R$ 18,09.

A equipe de research do banco vislumbra forte impulso nos lucros no segundo semestre deste ano, sustentado pela desvalorização do real, preços mais altos de contêineres, bem como potenciais impostos de importação e preços mais baixos do etano nos EUA, o que deve impulsionar ainda mais a lucratividade no México.

O BBI também disse enxergar um potencial de queda muito limitado para as ações da Braskem.

Além disso, os analistas comentam que adicionar a Braskem aos portfólios ofereceria proteção para às perspectivas cautelosas em relação aos preços do petróleo em função da oferta, uma vez a empresa tem 50% de seus custos expostos aos preços do petróleo.

Em termos de riscos, o banco cita uma potencial recessão global que poderia colocar mais pressão sobre os preços da resina, bem como gastos incrementais relacionados a Alagoas, o que considera improvável neste momento.

Já em termos de avaliação, BBI vê a Braskem sendo negociada a 5,9 vezes EV (Valor da Firma)/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025 com um desconto de 22% em relação à média de seus pares mais próximos, LyondellBasell e Westlake.

Nesse sentido, o banco disse que conservadoramente, o preço-alvo é derivado de um múltiplo justo de 6,1 vezes EV/Ebitda, implicando um desconto de 20% em relação à LYB e WLK, mas que poderia eventualmente ser ainda menor se, por exemplo, os preços do petróleo caíssem além das expectativas do mercado.

Informações Infomoney