A WEG investirá R$ 670 milhões nos próximos cinco anos em expansão de capacidade e verticalização de negócios com transformadores e motores elétricos no Brasil e no México.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:WEGE3) nesta quarta-feira (18).
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Do total de recursos, R$ 336 milhões serão destinados na construção de novo edifício de produção de fios, incluindo equipamentos, para atender demanda da América do Norte.
“Com estes novos investimentos, é dado um passo importante que faltava na verticalização da fabricação de motores elétricos no México e demonstra otimismo com as perspectivas de crescimento, tanto neste mercado quanto de transformadores, no Brasil e no exterior”, afirmou a WEG em comunicado ao mercado.
No Brasil, a companhia afirmou que os investimentos serão aplicados nos parques fabris de Itajaí (SC) e Guaramirim (SC). Em Itajaí, a companhia vai expandir em quase 10 mil metros quadrados sua fábrica de fios, para atender a demanda atual e projetada para transformadores no Brasil. O investimento previsto neste projeto é de cerca de R$ 169 milhões e prazo de cinco anos.
Em Guaramirim, a WEG vai ampliar em 6 mil metros quadrados um dos prédios de fundição, bem como modernizar maquinário. O investimento previsto é de cerca de R$ 165 milhões no decorrer dos próximos três anos, afirmou a companhia.
VISÃO DO MERCADO
Para o Bradesco BBI, este é um passo importante para a fabricante de motores elétricos implementar seu modelo de produção vertical na América do Norte, aumentando sua competitividade na região. A integração da Regal Rexnord também pode contribuir com a escala mínima para anunciar este investimento. Enquanto isso, esses investimentos no México e no Brasil devem fortalecer sua presença no mercado de transformadores. O BBI mantém recomendação neutra para a WEG, com um preço-alvo para 2025 de R$ 50,00.
O JPMorgan, por sua vez, tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ativos WEGE3.
“Vemos o anúncio de hoje como marginalmente positivo para a WEG, dado seu foco na integração – aumentando sua lucratividade na região – e transformadores, que é um segmento de alto crescimento. Temos projeções de que o capex do setor de T&D [Transmissão e Distribuição] nos EUA representa uma oportunidade de receita de cerca de R$ 34 bilhões nos próximos 10 anos para a WEG e que sua participação de mercado em motores elétricos de baixa e alta tensão globalmente ainda está em cerca de 10% e 5%, respectivamente”, aponta.
O BTG Pactual avalia como positiva a expansão da capacidade produtiva da WEG, uma vez que o investimento no México fortalece a reputação da marca e o posicionamento de mercado da empresa na região, além de reforçar seu foco estratégico no desenvolvimento de negócios por meio da integração vertical de processos industriais. “Esses esforços visam otimizar recursos, reduzir custos e reduzir os prazos de entrega de seus produtos”, acrescenta.
Com esses investimentos, segundo BTG, a WEG dá um passo fundamental para a integração vertical da fabricação de motores elétricos no México, sinalizando confiança nas perspectivas de crescimento desse mercado, bem como no setor de transformadores no Brasil e globalmente.
Por fim, o banco comenta que ficou ainda mais otimista com o crescimento sustentável da receita líquida da WEG. No entanto, apesar desse anúncio, o banco mantém recomendação neutra em termos de valuation, já que a empresa negocia a 32 vezes Preço/Lucro para 2025, um prêmio elevado em relação a outras empresas.