A Companhia Paranaense de Energia (Copel) informou que as subestações Curitiba Leste e Realeza Sul passarão por obras de reforço a partir de 2025, orçadas em R$ 54 milhões. As intervenções nessas unidades da rede de transmissão, que compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN), foram autorizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) neste mês de outubro e têm prazo de 30 meses para conclusão.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CPLE6) nesta terça-feira (22).
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A maior fatia de investimento vai para Curitiba Leste. Serão aplicados R$ 46,6 milhões para a instalação de um banco de reatores de barra e de uma fase reserva na subestação. “Esses dois componentes contribuem para que o Sistema Interligado Nacional opere de forma eficiente, confiável e segura, atendendo à demanda de energia elétrica em todo o Brasil com qualidade e estabilidade”, explicou o diretor geral da Copel GeT Moacir Bertol.
A instalação do banco de reatores vai melhorar o controle da tensão em especial na rede de 525 kV e 765 kV que interliga as regiões Sul e Sudeste. Os reatores são dispositivos que absorvem energia reativa e ajudam a reduzir a sobretensão que pode ocorrer em linhas de transmissão de longa distância quando a carga é baixa ou durante condições operacionais específicas.
Dessa forma, o sistema elétrico opera dentro dos limites de tensão definidos, garantindo a qualidade da energia fornecida aos consumidores.
O uso de reatores também reduz a circulação de potência reativa excessiva na rede. Em um sistema interligado como o SIN, o equilÍbrio entre geração e consumo de energia reativa em diferentes pontos da rede é fundamental para manter as tensões dentro dos limites adequados.
Já a fase reserva é uma solução para aumentar a confiabilidade do sistema. Em caso de falha em uma fase do banco de reatores, a fase reserva atua como uma alternativa pronta para assumir Isso permite a operação sem interrupções, garantindo que eventuais falhas ou manutenções programadas não afetem o sistema-
REGIÃO OESTE
Na subestação Realeza Sul serão investidos R$ 9 milhões para instalação de capacitores, equipamentos que ajudam a corrigir o fator de potência – uma medida de eficiência da rede.
Quando a energia é transmitida por longas distâncias ou distribuída para os consumidores, parte dela é desperdiçada como potência reativa, que não é útil para fazer aparelhos funcionarem, mas, ainda assim, ocupa a rede elétrica e demanda atividade dos transformadores das subestações. Os capacitores entram em ação justamente para compensar essa potência reativa e reduzir a perda. Assim, a energia flui de forma mais eficiente, evitando sobrecargas e aumentando a vida útil dos transformadores.