A Embraer informou que a República Checa tornou-se o quarto membro da Otan a adquirir o C-390 Millennium, com a assinatura de um contrato pelo Ministério da Defesa para encomendar a compra de duas aeronaves de transporte multimissão. Os valores não foram divulgados.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:EMBR3) nesta sexta-feira (25).
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Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Embraer destaca que o acordo visa modernizar e expandir as capacidades da Força Aérea Checa, permitindo a realização de diversas missões, incluindo transporte tático, evacuação médica, combate a incêndios, gerenciamento de desastres, apoio humanitário e reabastecimento aéreo.
No documento, a ministra da Defesa, Jana Cernochová, destacou a importância de possuir aeronaves capazes de transportar pessoas e cargas pesadas por grandes distâncias, citando missões de evacuação no Afeganistão e no Sudão como exemplos da necessidade dessas capacidades.
Além das aeronaves, a Embraer também fornecerá um pacote de treinamento e suporte para garantir a integração das aeronaves na frota da Força Aérea Checa.
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VISÃO DO MERCADO
O Itaú BBA comenta que o anúncio contribui para a forte tendência operacional da Embraer e reforça o bom fluxo de pedidos do seu negócio de Defesa.
A fabricante de aeronaves não divulgou o valor do pedido, mas o BBA projeta que seja em torno de US$ 100 milhões a 130 milhões por aeronave, o que deve refletir no backlog do 4T24, implicando em alguma revisão para cima de suas estimativas conservadoras, pois antecipa um crescimento de um dígito na receita do negócio de defesa nos próximos anos.
O BBA manteve recomendação equivalente à compra e preço-alvo de US$ 43 por ADR (recibo de ações negociado na Bolsa de Nova York) da Embraer.
O Bradesco BBI avalia a notícia como positiva para Embraer, pois é outro sinal de que a aeronave C-390 está ganhando força entre os membros da OTAN, o que pode resultar em novos pedidos no futuro.
O BBI também comenta que a seleção da aeronave C-390 pela República Tcheca já havia sido anunciada em outubro de 2023, sugerindo que os outros países que também demonstraram interesse no C-390 podem se materializar em pedidos firmes.
“A Embraer está em negociações com a Índia (40-80 unidades) e Arábia Saudita (33), e há outros países potencialmente interessados relatados pela mídia, como Colômbia, Chile, Argentina, Suécia, Polônia, África do Sul, Egito, Marrocos, entre outros”, diz relatório.
Além disso, segundo uma Aviation Week, o contrato é de CZK 11,3 bilhões (US$ 490 milhões), um acréscimo de 2% ao backlog (carteira de pedidos) consolidado da Embraer no 3T24 (14% do backlog de defesa).
O BBI também reiterou recomendação de compra e preço-alvo de US$ 43,00 para a Embraer.
O JPMorgan também vê a confirmação do pedido como positiva, pois outro país membro da OTAN confirmou pedidos para a aeronave C-390, mostrando que o projeto foi bem recebido pelos clientes e destacando o potencial da Embraer em ganhar participação nesse segmento.
A equipe de research do JPMorgan destaca o pagamento antecipado de cerca de US$ 350 milhões (Kč 8 bilhões) planejado para este ano, além do acordo incluir um programa de cooperação de US$ 83 milhões com as empresas tchecas LOM Praha e Aero Vodochody Aerospace e a República Tcheca também considerou o Airbus A400M Atlas e o Lockheed Martin C-130J Super Hercules no processo.
Com relação a negociação, o JPMorgan vê Embraer sendo negociada a 8,0 vezes EV/Ebitda (valor da firma/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 2025 versus 8,2 vezes da Bombardier, Airbus a 10,0 vezes e Boeing a 25,5 vezes.