Ibovespa sobe 0,51%, impulsionado pelas ações da Petrobras, após a disparada do petróleo Brent, devido às tensões no Oriente Médio

O Ibovespa encerrou em alta a sessão desta terça-feira, destoando de índices acionários de Wall Street, sob impulso das ações da Petrobras, que subiram em linha com a disparada dos preços do petróleo Brent, em meio à escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio, após ataque com mísseis do Irã contra Israel nesta tarde.

O índice Bovespa fechou com alta de 0,51%, aos 132.495 pontos. O volume ficou em R$ 23,4 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Os juros futuros encerraram em queda de até 10 pontos-base, em linha com os yields americanos – em meio a uma sessão de aversão ao risco, sob ótica de agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.

O dólar à vista fechou em alta de 0,27% a R$5,4640 e o índice Dólar DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas, operava ao fim da tarde em alta de 0,45%, aos 101,20 pontos. Em uma cesta de 23 divisas observada pela Mover, o real tinha o décimo sexto pior desempenho ante o dólar no dia.

No cenário local, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil precisará de algum programa que gere a percepção de um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos. Também de acordo com ele, a inflação local está “um pouco melhor”, mas ainda “preocupa” – e o Copom decidiu por não dar guidance.

Entre os indicadores econômicos, investidores reagiram à divulgação pela S&P Global do Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial, que atingiu 53,2 em setembro, acima das expectativas do mercado e mostrando uma aceleração em relação aos 50,4 registrados em agosto.

As bolsas em Wall Street fecharam em queda, com investidores adotando a busca por ativos seguros, em meio à escalada do conflito no Oriente Médio – o dólar, as Treasuries, o petróleo e o ouro avançaram em bloco na sessão – denotando a aversão ao risco observada mais cedo.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 encerraram com queda de 0,41%, 0,93% e 1,53%, respectivamente. As Treasuries yields de dois e de dez anos recuavam 3,3 pbs, 4,2 pbs, a 3,610% e 3,741%, respectivamente.

O relatório de empregos JOLTs mostrou a abertura de 8,04 milhões de postos de trabalho nos setores não agrícolas nos EUA em agosto, acima das expectativas do mercado e mostrando uma aceleração em relação à abertura de vagas de julho. Os mercados aguardam, amanhã, dados da criação de vagas pelo setor privado dos EUA em setembro, mensurado pelo ADP.

Mas a tensão geopolítica observada na sessão ofuscou os dados mistos do mercado de trabalho. Entre os segmentos do S&P500, o tecnológico teve a pior performance, recuando mais de 2%. Operadores também monitoram uma greve nos portos dos EUA, com riscos crescentes de perdas econômicas. O JPMorgan projeta perda de até US$4,5 bilhões por dia com paralisações.

O indicador de volatilidade VIX avançava mais de 15% ao fim da tarde – testando nível-chave de 20 pontos que, quando atingindo, denota geralmente mais volatilidade adiante, de acordo com análise técnica da Bloomberg.

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DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

MRVE3: +4,856% a R$ 7,57
ABEV3: +3,98% a R$ 13,60
PETZ3: +3,39% a R$ 4,88
CMIN3: +3,19% a R$ 7,12
RADL3: +3,18% R$ 26,30

• BAIXAS IBOVESPA

ASAI3: -4,69% a R$ 7,12
AZUL4: -4,65% a R$ 5,95
VAMO3: −2,27% a R$ 6,46
PCAR3: −2,13% a R$ 2,76
FLRY3: −1,88% a R$ 15,14

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Ambipar (AMBP3)

   A Ambipar anunciou o encerramento da Operação – Veículos, que visava a renovação de veículos da companhia e suas controladas no Brasil com a Addiante S.A.. Saiba mais…

   Ânima (ANIM3) 

   A Ânima concluiu a assinatura de contrato com Banco ABC Brasil, para a emissão da 3ª Nota Comercial, de R$ 140 milhões, cujos recursos serão utilizados para o pré-pagamento das atuais 1ª e 2ª Notas Comerciais, com redução da taxa juros, saindo dos atuais CDI+3,25% para CDI+1,75% ao ano, concomitantemente ao alongamento do prazo de pagamento dos montantes de principal, cujas amortizações previstas entre a presente data e o final de 2025 passam de R$ 93,8 milhões para R$ 17,5 milhões. Saiba mais…

   Cosan (CSAN3)

   A Cosan prestou esclarecimento sobre as informações veiculadas pelo jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira, 30, sob o título “Cosan pode vender ativos para reduzir dívida”. Saiba mais…

   A brasileira Moove, braço de lubrificantes da Cosan e que tem como acionista a firma europeia de private equity CVC Capital Partners, definiu uma meta de avaliação de até US$ 1,94 bilhão (R$ 10,57 bilhões) para sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) nos EUA.Saiba mais…

   Equatorial (EQTL3)

   A Equatorial anunciou Augusto Miranda da Paz Júnior como presidente do Conselho de Administração e Leonardo da Silva Lucas Tavares de Lima como vice-presidente do Conselho de Administração.

   Gol (GOLL4) 

   A Gol apresentou seu relatório operacional mensal, contendo determinadas informações financeiras para o período de 1 de agosto de 2024 a 31 de agosto de 2024. Saiba mais…

   Klabin (KLBN11) 

   A Klabin anunciou operação para alteração e consolidação do controle da companhia pela holding Klabin Irmãos & Cia S.A (KIC). A holding é controladora do Grupo Klabin e acionista da Klabin S.A. A consolidação se deu através da incorporação da Niblak Participações S.A.. Saiba mais…

   Rede D’Or (RDOR3)

   A Rede D’Or iniciou apresentações para potenciais investidores. O objetivo é captar R$ 5,9 bilhões em debêntures. Saiba mais…

   Rumo (RAIL3)

   A Rumo comunicou transação com a Comgás para compra e venda de créditos provenientes de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
   sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

   Suzano (SUZB3)

   A Suzano concluiu a aquisição, por meio de uma subsidiária, de ativos que compõem as plantas integradas de fabricação de papel cartão da Pactiv Evergreen Inc. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   A Vale fechou uma parceria com a Green Energy Park (GEP), empresa integrada de hidrogênio europeia, para oferecer soluções de descarbonização para o setor siderúrgico global. Segundo a mineradora, as empresas desenvolverão estudos de viabilidade para a instalação de uma unidade de produção de hidrogênio verde no Brasil. Saiba mais…

   

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)