Ibovespa sobe 0,05%, com IBC-BR de setembro mais forte que o previsto, e com destaque para disparada de papéis da Cemig

O Ibovespa encerrou em leve alta nesta quinta-feira, descorrelacionando-se de Wall Street, em sessão apoiada por dados do IBC-BR de setembro mais fortes que o previsto, e com destaque para disparada de papéis da Cemig, depois que governo mineiro protocolou projeto para privatização da companhia.

Investidores ainda monitoraram falas do chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, após o IBC-BR de setembro mostrar expansão acima do consenso na base mensal, e do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, dizendo que a economia não dá sinais de que seja preciso apressar cortes de juros.

O índice Bovespa terminou com alta de 0,05%, aos 127.791 pontos. O volume ficou em R$ 28,7 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 9,0 pontos-base, enquanto as Treasuries yields tiveram desempenho misto, na esteira dos comentários de Powell em evento econômico ao fim da tarde. O dólar futuro fechou o dia em queda de 0,23%, a R$5,803. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em alta de 0,43%, aos 106,9 pontos.

O presidente do BC, Campos Neto, pontuou mais cedo, em evento, que o país precisa de um plano de estabilização fiscal “grande”, e que possui limitação para realizar uma política fiscal cíclica. Ainda de acordo com ele, em âmbito global, o Brasil é o único caso em que o mercado possui uma percepção sobre ajuste forte na curva de juros.

Campos também afirmou, em outro evento público nesta quinta, que o câmbio local tem sido menos afetado pela vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, em comparação a outros mercados emergentes.

No âmbito corporativo, destaque para os papéis PN de Cemig, que avançaram 5,22%, com operadores repercutindo notícia de que o governo de Minas Gerais encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei para privatizar a companhia elétrica, tornando-a uma “corporation”, ou seja, sem controlador definido.

Outro destaque foram as ON de Marfrig, que dispararam 8,23%, após a companhia reportar lucro líquido de R$79,1 milhões no terceiro trimestre – na maior leitura para o período desde 2021, impulsionado por ganhos com exportações de carne bovina e frango.

Investidores ainda calibravam expectativas para resultados remanescentes da temporada de balanços referente ao terceiro trimestre nesta noite envolvendo companhias como SYN, Azevedo & Travassos, Getninjas, Lupatech, Metalfrio, etc.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram Petrobras PN, Equatorial ON e Petrobras ON, que avançaram 1,06%, 4,04% e 1,45%, respectivamente.

Entre as principais altas do Ibovespa, destaque para Marfrig ON, Brava ON e CVC on, que avançaram 8,26%, 6,59% e 5,99%, xrespectivamente.

Na ponta negativa, destaque para as ON de Banco do Brasil, JBS ON e Ultrapar ON, que recuaram 2,24%, 3,38% e 6,22%, nesta ordem.

No mercado de commodities, os futuros do Brent operavam em leve alta de 0,35% a US$72,57 ao fim do dia, mesmo em sessão de fortalecimento do dólar norte-americano, com investidores ponderando a queda significativa nos estoques de gasolina do governo norte-americano, em 4,4 milhões de barris para a semana encerrada em 8 de novembro.

Os preços futuros do minério de ferro caíram 1,37%, na última madrugada em Dalian, atingindo a mínima de três semanas, em meio a uma perspectiva mais fraca do mercado de aço, embora as novas medidas de estímulo da China para o setor imobiliário local tenham limitado as perdas.

As bolsas em Wall Street fecharam em queda, acelerando as perdas ao fim da tarde, após Powell afirmar que a atividade econômica dos EUA não dá sinais de que o Fed tenha de possuir pressa em afrouxar sua taxa-alvo Fed Funds, e que o banco central não está com uma trajetória monetária pré-definida. Derivativos negociados na Chicago Mercantile Exchange projetavam 58,9% de chances de corte de 25 pontos-base, ante 41,1% de apostas de manutenção do juro em dezembro.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 fecharam em quedas de 0,47%, 0,61% e 0,66%, respectivamente, com o S&P500 próximo da mínima intradiária. As Treasuries yields de dois anos avançaram 6,5 pontos-base, a 4,355%, enquanto as de dez anos operavam estáveis, a 4,449%, ao fim do dia.

Questionado sobre potenciais efeitos de possíveis novas políticas econômicas a serem adotadas por Donald Trump a partir de 2025, Powell afirmou ser “muito cedo” para ter julgamentos, e que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não sabe como serão as políticas do republicano.

“O Fed tem tempo para avaliar os efeitos das políticas (econômicas) antes de reagir. No front da política fiscal, leva tempo para um projeto passar (tramitação). O que importa para o Fed é quanto as políticas afetam os mandatos do banco central”, disse Powell. Também de acordo com ele, à medida que o banco central se aproximar de um intervalo convincente para o juro neutro, pode ser necessário reduzir o ritmo do afrouxamento monetário.

Mais cedo, os pedidos semanais de seguro-desemprego da semana encerrada em 9 de novembro recuaram a 217 mil, abaixo do consenso, que previa 223 mil novas solicitações, denotando um mercado de trabalho resiliente na atividade econômica. Também mais cedo, os Preços ao Produtor dos EUA (PPI) avançaram 0,2% na base mensal em outubro, acelerando alta ante setembro, enquanto na base anual, o índice acelerou alta a 3,1%, e acima do consenso, de 2,3%.

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Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Allos (ALOS3) 

   A Allos teve lucro líquido de R$ 105,3 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 10,5 milhões há um ano. Os números são pro forma para desconsiderar as participações em 11 shoppings que a companhia vendeu nos últimos 12 meses. Saiba mais…

   Ambipar (AMBP3)

   O lucro líquido da Ambipar somou R$ 44,5 milhões no terceiro trimestre (3T24), crescimento de 27,9% em relação ao 3T23.

   Americanas (AMER3) 

   A Americanas registrou lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 1,630 bilhão. Saiba mais…

   Azzas 2154 (AZZA3)

   A Azzas 2154 reportou lucro líquido recorrente de R$ 163,8 milhões no terceiro trimestre deste ano. Saiba mais…

   Azul (AZUL4)

   A Azul registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões no terceiro trimestre de 2024, cifra 76,3% menor que o prejuízo de R$ 855,9 milhões apurado no mesmo intervalo do ano passado. Saiba mais…

   B3 (B3SA3) 

   A B3 conseguiu apresentar alta de 12,1% no lucro no terceiro trimestre. O resultado da companhia chegou a R$ 1,2 bilhão, ante R$ 1,07 bilhão no mesmo período de 2023. Em termos recorrentes, o crescimento foi de 5,8%. Saiba mais…

   Banco do Brasil (BBAS3)

   O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,515 bilhões no terceiro trimestre de 2024, aumento trimestral de 0,1% e anual de 8,3%. Saiba mais…

   Banco Inter (INBR32)

   O banco Inter encerrou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 260 milhões, resultado que é 149,6% maior que o do mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Brava Energia (BRAV3)

   A Brava Energia, resultado da incorporação da Enauta pela 3R Petroleum, registrou lucro líquido de R$ 498,3 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo prejuízo de R$ 349,9 milhões no mesmo período de 2023. Saiba mais…

   BRF (BRFS3) 

   A BRF registrou lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no período. No mesmo período do ano passado, a BRF teve prejuízo de R$ 262 milhões. Saiba mais…

   O conselho de administração da BRF, no âmbito do programa de aquisição de ações de sua própria emissão, autorizou a aquisição de um adicional de até 30 milhões de ações ao montante já recomprado, as quais poderão ser adquiridas a partir desta data, mantendo-se inalteradas as demais condições do programa de recompra. Saiba mais…

   Casas Bahia (BHIA3) 

   A Casas Bahia reportou prejuízo líquido de R$ 369 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma melhora de 55,9% em relação ao prejuízo apresentado no mesmo período de 2023. Saiba mais…

   CCR (CCRO3)

   O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a prosseguir com os termos propostos para reequilibrar o retorno econômico da MSVia, da CCR. Saiba mais…

   Cemig (CMIG3/CMIG4)

   A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) apresentou lucro líquido de R$ 3,28 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 165,11% ante o reportado um ano antes. Saiba mais…

   Copasa (CSMG3) e Cemig (CMIG3/CMIG4)

   A Copasa e a Cemig informaram, em comunicado enviado à CVM, que seu acionista controlador, o Estado de Minas Gerais, protocolou projetos de lei que contempla medidas para a desestatização das empresas. Saiba mais…

   Cosan (CSAN3)

   A Cosan, controladora da Rumo, Raízen, Moove e Compass, reportou um lucro de R$ 292,9 milhões no terceiro trimestre, uma queda anual de 56,8%. Saiba mais…

   Cyrela (CYRE3)

   A Cyrela reportou um lucro líquido de R$ 473 milhões, uma variação positiva de 88% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi influenciado pelo crescimento da receita líquida e pelo controle das despesas, mantendo a margem bruta em 33,3%. Saiba mais…

   Dasa (DASA3) 

   A Dasa reportou um prejuízo de R$ 87 milhões, uma diminuição de 52% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 183 milhões. Saiba mais…

   Eletrobras (ELET3/ELET6)

   A Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu pela aprovação da compra da outra metade da Tijoá Participações, que é dona da usina hidrelétrica de Três Irmãos, pela Eletrobras. Saiba mais…

   Equatorial (EQTL3)

   A Equatorial Energia registrou lucro líquido de R$ 790 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Hypera (HYPE3) 

   A Hypera reportou um lucro líquido, das operações continuadas, de R$ 370,523 milhões, uma variação negativa de 25,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

   JBS (JBSS3)

   A JBS teve lucro líquido de R$ 3,84 bilhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 571% (ou 6,7 vezes) na comparação com o mesmo período de 2023, quando lucrou R$ 572,7 milhões. A projeção do consenso LSEG era de lucro de R$ 3,73 bilhões. Saiba mais…

   JHSF (JHSF3)

   A JHSF concluiu a venda de participação minoritária de 32,5% de sociedades controladas da companhia, as quais irão desenvolver o Projeto Multiuso Shops Faria Lima cujo montante financeiro total será de R$ 179,1 milhões, para o fundo imobiliário XP Malls. Saiba mais…

   Light (LIGT3)

   A Light reportou lucro líquido de R$ 157,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 10,9 milhões registrado em igual período de 2023. Saiba mais…

   Marfrig (MRFG3)

   A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 79,1 milhões, com reversão de prejuízo de R$ 112 milhões no 3T23. Saiba mais…

   MRV & Co. (MRVE3)

   O grupo MRV&Co teve prejuízo consolidado de R$ 12,7 milhões no terceiro trimestre, menor que a perda de R$ 136,5 milhões apurada na mesma etapa de 2023, influenciado por efeito negativo de operações financeiras. Saiba mais…

   Multi (MLAS3)

   A Multi reportou um lucro líquido de R$ 1,5 milhão, uma variação positiva significativa em relação ao prejuízo de R$ 212,2 milhões no mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

   Positivo (POSI3)

   A Positivo Tecnologia reportou lucro líquido de R$ 1,7 milhão no terceiro trimestre de 2024, um recuo de 94% ante o mesmo período de 2023. Saiba mais…

   Rede D’Or (RDOR3)

   A Rede D’Or encerrou o terceiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 1,215 bilhão, uma alta de 59,8% na comparação com igual intervalo de 2023. Já o lucro líquido ajustado totalizou R$ 1,267 bilhão no período entre julho e setembro, avanço anual de 56,3%. Saiba mais…

   Tupy (TUPY3) 

   A Tupy reportou lucro líquido de R$ 50,4 milhões no terceiro trimestre (3T24), queda de 66,4% na comparação com o mesmo período de 2023.

   Ultra (UGPA3)

   A Ultra registrou lucro líquido de R$ 698 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   A juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, substituta da Justiça Federal de Ponte Nova (Minas), absolveu a Vale, a Samarco e a BHP das acusações de crimes ambientais na tragédia de Mariana – a qual deixou 19 mortos e lançou 13 mil piscinas olímpicas de lama tóxica no Rio Doce em 2015. A magistrada livrou as empresas de imputações de destruição de bem protegido, poluição qualificada, omissão, obstrução de fiscalização e falsidadade de documento. Saiba mais…

   Vittia (VITT3)

   A Vittia reportou lucro líquido de R$ 45,8 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 21% em relação a igual período do ano anterior. Saiba mais…

    

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)