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Klabin (KLBN11): lucro líquido de R$ 729 milhões no 3T24, aumento de 197,6%

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A Klabin reportou lucro líquido de R$ 729 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), o que representa um aumento de 197,6% frente ao resultado do terceiro trimestre do ano passado.

O lucro antes de juros, imposto, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,805 bilhão entre julho e setembro, 33% maior na comparação com o 3T23 e acima dos 1,77 bilhão previstos pelo consenso LSEG, com margem Ebitda ajustas de 36%, expansão de 5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Segundo a Klabin, o aumento é explicado pelo maior preço de celulose e containerboard, maior volume vendido no segmento de papéis e embalagens e pela valorização do dólar frente ao real, a despeito do maior custo caixa no período.

A receita líquida da Klabin foi de R$ 4,999 bilhões no 3T24, aumento de 14% em relação com o 3T23, enquanto o custo caixa total por tonelada, que desconsidera os efeitos de parada geral de manutenção, apresentou alta de 4% na mesma comparação.

As despesas gerais e administrativas, por sua vez, totalizaram R$ 274 milhões no 3T24, 16% superior ao mesmo período do ano anterior, explicado principalmente pelo maior dispêndio com serviços de consultoria para projetos estratégicos e honorários advocatícios pontuais.

O endividamento líquido da companhia atingiu R$ 29,503 bilhões no final de setembro de 2024, um aumento de 41% na base anual.

A avalancagem financeira (dívida líquida/Ebitda) ficou em 4,1 vezes, alta de 0,6 ponto percentual na comparação ano a ano.

Dados operacionais

O volume total de produção foi de 984 mil toneladas no 3T24, redução de 4% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Já o volume de produção de celulose totalizou 320 mil toneladas no 3T24, redução de 24% na comparação com o mesmo período do ano anterior, reflexo da parada geral de manutenção programada na unidade de Ortigueira realizada em julho de 2024.

A produção de papel-cartão no terceiro trimestre de 2024 foi de 221 mil toneladas, 22% superior ao 3T23. “O aumento se deve ao ramp-up da MP28 que produziu 29 mil toneladas de papel-cartão no período, impactado pelo efeito da parada geral na unidade de Ortigueira”, explica a Klabin.

Os resultados da Klabin (BOV:KLBN11) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2024 foram divulgados no dia 04/11/2024.

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(BOV:KLBN11) tem:

📈 1ª Resistência: 22,02
📉 1° Suporte: 20,78

💲 Cotação no momento: Klabin 3,95%, negociada a R$ 21,85

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VISÃO DO MERCADO

As ações subiam 2,38%, a R$ 21,52, por volta do meio-dia desta segunda.

Os resultados do Ebitda ficaram 5% acima da estimativa do Itaú BBA, de R$ 1,7 bilhão. O BBA avalia que a empresa mantém uma estrutura de capital saudável, apesar do aumento da alavancagem financeira devido à conclusão do desembolso para Caete.

Já o BTG avalia que a Klabin teve um trimestre resiliente e melhor do que o esperado, uma vez que o Ebitda ficou 8% acima de suas estimativas.

Segundo o BTG, a variação reflete uma receita por tonelada mais alta na divisão de celulose e um custo caixa por tonelada melhor que o esperado. Neste trimestre, a Klabin apresentou forte geração de caixa livre, superando R$ 800 milhões (um yield anualizado de 14%), sustentada por uma liberação positiva de capital de giro.

Já a alavancagem aumentou para 4,1 vezes, conforme o esperado, refletindo o pagamento pelo projeto Caetê. Olhando adiante, com o reforço de caixa de R$1,8 bilhão do Projeto Plateau e a nova política de dividendos, o BTG espera que a alavancagem diminua gradualmente.

O BTG ainda disse continuar a ver a Klabin como uma empresa bem gerida, com crescimento diversificado, oferecendo um porto seguro, especialmente em um cenário de Real mais fraco, mas manteve recomendação e preço-alvo de R$ 28.

O JPMorgan, por sua vez, considerou os resultados como positivos, impulsionados pelos resultados melhores do que o esperado nos segmentos de papel e embalagens. O Ebitda reportado pela Klabin, de R$1,8 bilhão, ficou 7,0% acima das estimativas da JPMorgan.

De acordo com JPMorgan, a surpresa positiva veio do segmento de papel e embalagens, que registrou um Ebitda de R$ 1,1 bilhão, superando nossas estimativas em 15,7%, impulsionado por preços acima do esperado e custos menores do que o previsto.

Por outro lado, o Ebitda do segmento de celulose, de R$ 708 milhões, ficou 1,3% abaixo das expectativas do JPMorgan devido a custos mais altos do que o esperado, o que compensou os preços e volumes de vendas acima do projetado.

O Ebitda ajustado da Klabin ficou 3% acima das projeções do Morgan Stanley devido a vendas líquidas ligeiramente maiores e menores despesas gerais e administrativas.

Já o BBI classificou os números como neutros, pois o desempenho operacional mais fraco da Klabin já era amplamente esperado pelo mercado. No futuro, o banco projeta que o desempenho operacional da empresa melhore, com a produção em sua divisão de celulose agora em níveis normalizados, enquanto os gargalos logísticos no segmento de papel parecem estar diminuindo.

Além disso, após o anúncio do projeto Plateau e novas políticas financeiras e de dividendos, o BBI destaca que a alavancagem deve começar a cair nos próximos trimestres, potencialmente trazendo a alavancagem da Klabin abaixo de 3,0 vezes até o final de 2025.

No geral, o BBI manteve sua preferência por Suzano (outperform) à Klabin, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 25. Por outro lado, o Itaú BBA e JPMorgan reiteraram recomendação de compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 26 e R$ 28.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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