A Ambev assinou contrato com a Telefônica Brasil (dona da Vivo) e com a Nokia para instalação de uma rede privativa de internet 4G em 30 pontos operacionais, como armazéns, fábricas, centros logísticos e de distribuição. Para a produtora de bebidas, a medida faz parte da agenda de digitalização das atividades – a chamada indústria 4.0 – enquanto para as empresas de telecomunicações esse tipo de negócio é uma das principais apostas de crescimento no mercado.
Book de ofertas: a mais completa do mercado financeiro, acompanhe as ofertas de compra e venda de um ativo e todos os negócios realizados no dia.
A rede privativa na Ambev (BOV:ABEV3) terá uso em aplicações de internet das coisas, inteligência artificial e big data. Na prática, permitirá a conexão de milhares de sensores e dispositivos ao mesmo tempo, com tráfego massivo de dados por meio da transmissão de um sinal exclusivo (sem interferências externas). Isso será usado para a automatização de operações e ganho de eficiência logística, por exemplo, habilitando aplicações de Armazéns Inteligentes integradas aos seus Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS).
O mercado de redes privativas no Brasil está evoluindo pouco a pouco, com as empresas e as operadoras buscando mapear maneiras de desenvolver soluções especificas para cada tipo de atividade, dado que cada projeto é customizado.
“O mercado de redes privativas no Brasil está em constante desenvolvimento, entretanto, ainda passa por uma curva de maturidade rente ao potencial total que vislumbramos”, observou o diretor de IoT, Big Data e Inovação B2B da Telefônica, Adriano Pereira. “Ainda há um próspero caminho pela frente para o crescimento de redes privativas no País”.
A maior parte das iniciativas é feita com o sinal de internet 4G. Por sua vez, a chegada do 5G – com maior velocidade e menor latência – está contribuindo para aumentar o potencial das aplicações.
“Os projetos, atualmente, são mais 4G, porque esta tecnologia já atende grande parte dos casos usos de nossos clientes. O 5G confere uma menor latência e um maior rendimento, que são mais aderentes para casos de usos ainda em desenvolvimento no Brasil, como por exemplo, carros autônomos, cirurgias remotas e outros”, citou Pereira.
A Nokia atua no mercado de redes privativas desde 2012, tendo implementando a primeira rede desse tipo no mundo. Hoje, o grupo tem 795 clientes de redes privadas sem fio globalmente, sendo 10% deles na América Latina.
“O mercado de redes privadas não é mais apenas uma tendência emergente; ele já é uma realidade. Muitas empresas já adotaram redes privadas, aproveitando seus benefícios para aumentar a eficiência operacional, a segurança e a gestão de dados”, afirmou Marcelo Entreconti, líder do segmento de negócios empresariais de ponta da Nokia na América Latina.