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Bolsas mundiais: Os índices futuros americanos operam estáveis, no início de uma semana que será marcada pela decisão sobre política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), prevista para quarta-feira. Nesta semana, os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos ganham destaque, com a divulgação de importantes documentos e decisões. O Banco Central do Brasil publica a ata do Copom, que elevou os juros em 1 ponto percentual e sinalizou continuidade no aperto, enquanto o mercado aguarda o Relatório de Inflação. Nos EUA, o Federal Reserve deve anunciar um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, com foco nas projeções econômicas e na entrevista coletiva de Jerome Powell. Além disso, dados de inflação e confiança do consumidor nos dois países também são esperados.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam com leves altas. O foco está no Federal Reserve (Fed), que deverá cortar os juros em 25 pontos-base na quarta-feira (18). No entanto, a expectativa é que a instituição sinalize um ritmo mais moderado de cortes daqui para frente. Dados sobre vendas no varejo e produção industrial de novembro serão divulgados na terça-feira (17), enquanto o índice de preços ao consumidor (PCE), importante termômetro inflacionário, fecha a semana na sexta-feira (20).
A Broadcom, fabricante americana de chips, tornou-se a mais recente empresa de tecnologia a atingir a marca de US$ 1 trilhão de valor de mercado na bolsa de Nova York. A conquista foi impulsionada por uma alta histórica de 21% nas ações da empresa após a divulgação de seu balanço financeiro.
Na Europa, os índices operam em baixa em sua maioria, com pressão mais firme em Paris, após a Moody’s rebaixar o rating da França. Uma bateria de índices de gerentes de compras (PMI) na região fica no radar, no começo de uma semana que será marcada por decisões de juros de Federal Reserve (Fed) e Banco da Inglaterra (BoE). O índice Stoxx 600 caía 0,13%, a 515,80 pontos.
A Moody’s citou expectativa por piora nos fundamentos das contas públicas francesas, em meio ao impasse na aprovação do orçamento do ano que vem. O imbróglio derrubou o agora ex-primeiro-ministro Michel Barnier, que foi substituído pelo centrista François Bayrou. A incerteza impulsiona o rendimento do título público da dívida de 10 anos, o OAT, e amplia o spread com o equivalente da Alemanha. Na maior economia do continente, aliás, o chanceler alemão, Olaf Scholz, enfrentará um voto de confiança no parlamento hoje, que abrirá caminho para eleições em fevereiro.
Além do noticiário político, investidores absorvem também a sequência de PMIs que mostrou um quadro divergente na Alemanha, na zona do euro e no Reino Unido. No geral, os dados indicaram surpreendente força no setor de serviços, mas a indústria permaneceu em território de contração nas leituras preliminares de dezembro. Os dados indicam para uma semana movimentada de decisões monetárias no exterior. O Federal Reserve (Fed) deve cortar juros em 25 pontos-base na quarta-feira, enquanto o Banco da Inglaterra (BoE) provavelmente deixará a taxa básica inalterada na quinta-feira, conforme expectativa de economistas.
Na Ásia, as bolsas encerraram em queda, após a decepção com dado de varejo na China reforçar os temores em relação ao desempenho da economia. As vendas no varejo chinês tiveram expansão anual de 3% em novembro, bem abaixo do acréscimo de 4,7% previsto por analistas consultados pelo The Wall Street Journal. Nos mercados, o indicador se sobrepôs à surpresa positiva da produção industrial e aos sinais de melhora nas vendas de imóveis. O índice Xangai Composto encerrou a sessão em baixa de 0,16%, a 3.386,33 pontos, enquanto o Shenzhen Composto recuou 1,03%, a 2.049,10 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,88%, a 19.795,49 pontos.
O índice Kospi perdeu 0,22% em Seul, a 2.488,97 pontos. No final de semana, o parlamento da Coreia do Sul aprovou o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, em meio a crise política causada pela decisão dele de decretar lei marcial temporariamente no começo do mês. Em Tóquio, o Nikkei cedeu 0,03%, a 39.457,49 pontos. O mercado aguarda a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ), na quinta-feira. O índice Taiex, de Taiwan, teve leve variação positiva de 0,08%, a 23.039,90 pontos.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 70,91 (-0,53%).
O Brent é negociado a US$ 74,20 (-0,34%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 104.801,99 (+1,54%).
Ouro:
Negociado a US$ 2.659,29 a onça-troy (+0,30%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,50%, a 802,50 iuanes (US$ 110,21).
Brasil:
A produção industrial recuou em 4 dos 15 locais pesquisados em outubro ante setembro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (13).
Maior imposto do mundo: O Brasil poderá ter a maior alíquota de Imposto de Valor Agregado (IVA) do mundo, caso a Câmara dos Deputados mantenha o texto aprovado pelo Senado na última semana. A tendência é que o país ultrapasse a Hungria, que atualmente tem o maior imposto do mundo. Dados do Ministério da Fazenda apontam que o texto aprovado pelo Senado na última semana elevou o imposto para 28,5%, em comparação aos 26,5% previstos inicialmente. A alíquota seria 1,5 ponto percentual maior que a da Hungria, que cobra 27% de IVA em seus produtos.
Economia:
Carro elétrico: Cerca de 57% dos motoristas terão um carro elétrico em sua garagem nos próximos dez anos, segundo um estudo da Accenture, empresa global de consultoria de tecnologia da informação. Essa tendência já se reflete no aumento das vendas globais. Em 2023, o mercado de carros elétricos (EVs) alcançou a marca de 14 milhões de unidades vendidas, segundo dados da Global EV Outlook. A previsão de que os elétricos se tornem maioria já é projetada também para determinados países e por outras fontes. Os fabricantes de automóveis precisarão, na avaliação da Accenture, se concentrar nas necessidades dos consumidores de EVs, que buscam soluções mais sustentáveis e eficientes para a mobilidade.
Um exemplo desta busca ocorre com o médico Eduardo Campelo, que trocou um SUV a combustão por um hatch elétrico. “O principal fator que me motivou a comprar um veículo elétrico foi a economia de combustível e de IPVA, uma vez que Pernambuco [estado onde reside] tem isenção total”, relata. “A eletrificação é inevitável, porque as montadoras precisam cumprir as metas de emissão de poluentes impostas nas várias regiões do mundo, que são cada vez mais rigorosas. Dessa forma, a indústria automobilística é obrigada a buscar alternativas e os veículos eletrificados [elétricos e híbridos] entram exatamente nesse contexto”, opina Campelo. A pesquisa da Accenture foi realizada com 6.000 consumidores de carros dos Estados Unidos, da Itália, Alemanha, França, China e do Japão. Ela ainda indica que quase metade (47%) dos motoristas estão convencidos de que o futuro pertence aos veículos elétricos. Cenário nacional: quando olhamos o cenário do mercado brasileiro, podemos enxergar a tendência de crescimento nesse tipo de veículo. Entre janeiro e outubro deste ano, já foram vendidos mais de 51 mil carros elétricos. No ano anterior, os elétricos fecharam o ano de 2023 com 19 mil emplacamentos. Em apenas um ano, o número de vendas quase triplicou. O estado de São Paulo é o que detém a maior participação, com 8,7 mil novos veículos elétricos desde 2022, segundo dados da ABVE Data.
Dólar: Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central (BC) irá intervir no câmbio para segurar a alta do dólar. A autoridade monetária leiloará, em Brasília, nesta segunda-feira (15) até US$ 3 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra, quando o dinheiro é comprado de volta às reservas meses mais tarde. Segundo comunicado emitido pelo BC na noite de sexta-feira (13), a autoridade monetária fará um leilão de até US$ 3 bilhões durante a manhã. A operação de recompra, em que o dinheiro será reincorporado às reservas internacionais, ocorrerá em 6 de março de 2025. Na quinta-feira (12), o BC vendeu US$ 4 bilhões das reservas internacionais. Na ocasião, o leilão também ocorreu na modalidade de leilões de linha, como se chamam as vendas com compromisso de recompra.
Na sexta-feira, 13, o BC vendeu mais US$ 845 milhões para segurar a cotação da moeda norte-americana. O leilão ocorreu na modalidade à vista, em que o BC se desfez de parte das reservas internacionais sem recomprar os recursos. A intervenção na sexta-feira ocorreu durante a tarde, quando a moeda norte-americana chegou a R$ 6,07. A cotação desacelerou e fechou a R$ 6,03. Mesmo assim, a moeda encerrou o dia com alta, permanecendo acima de R$ 6.
Sabesp: O primeiro ciclo de investimentos da Sabesp pós-privatização deve deixar parte da região metropolitana de São Paulo em obras, na corrida contra o tempo para a universalização dos serviços de água e esgoto em apenas cinco anos. Dos R$ 60 bilhões já anunciados, R$ 15 bilhões começam a ser exercidos já no próximo ano, com duração até 2028. A expectativa é que sejam anunciados anualmente valores semelhantes, para ciclos com a mesma duração. Na primeira fase, serão R$ 8,5 bilhões destinados ao programa Integra Tietê e outros R$ 6,5 bilhões às demais áreas da concessão. Serão incluídas 8 milhões de pessoas no sistema de tratamento de água e esgoto, ao fim dos primeiros três anos.
Kora Saúde: em busca de retirar a Kora Saúde do Novo Mercado, a HIG Capital propôs R$ 8,80 por ação, um prêmio de 31% sobre o último fechamento. Com apoio de 32% do free float, a gestora espera encerrar o impasse e viabilizar futuras operações de M&A, enquanto a companhia reestrutura R$ 2 bilhões em dívidas.
Moreira Salles: A BWSA, family office dos bilionários Moreira Salles, adquiriu 15,07% da francesa Elis, companhia oferece serviços de aluguel e gestão de têxteis, uniformes e higiene, elevando sua participação para 35,7 milhões de ações, no valor de aproximadamente 690 milhões de euros. A família, já controladora do Itaú Unibanco, anunciou que não busca o controle da empresa, mas poderá comprar mais ações conforme as condições de mercado.
Agenda Econômica:
🇩🇪 05h30 – Alemanha/S&P Global: PMI Composto – preliminar
🇪🇺 06h00 – Zona do euro/S&P Global: PMI Composto – preliminar
🇬🇧 06h30 – Reino Unido/S&P Global: PMI Composto – preliminar
🇧🇷 08h25 – Brasil/BC: Boletim Focus ⚠️
🇧🇷 10h20 – Brasil: BC faz leilão de venda de US$ 3 bilhões
🇺🇸 10h30 – EUA/Fed NY: Índice de atividade ind. Empire State – Dez ⚠️
🇺🇸 11h45 – EUA//S&P Global: PMI Composto – preliminar
🇧🇷 15h00 – Brasil/Mdic: Balança comercial semanal
Eventos
🇪🇺 05h15 – Zona do Euro: Christine Lagarde (BCE) discursa
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 1,13%, aos 124.612 pontos, em sessão na qual o volume diário foi de R$17,1 bilhões, acumulando queda de 1,06% na semana.
Maiores altas do Ibovespa
PCAR3 |
+4.86%
|
R$ 2,37
|
BEEF3 |
+1.59%
|
R$ 5,73
|
JBSS3 |
+1.13%
|
R$ 38,44
|
ELET6 |
+1.10%
|
R$ 40,15
|
PRIO3 |
+1.09%
|
R$ 41,50
|
Maiores baixas do Ibovespa
BRKM5 |
-11.03%
|
R$ 12,82
|
ASAI3 |
-5.11%
|
R$ 5,75
|
VAMO3 |
-5.08%
|
R$ 5,60
|
CRFB3 |
-5.02%
|
R$ 5,86
|
CVCB3 |
-4.85%
|
R$ 1,96
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,28%, a R$ 6,0295. Na semana, o dólar apresentou perda de 0,77%.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,94%, aos 2.974,64 pontos. A mínima do dia foi de 2.947,06 pontos e a máxima de 2.981,02 pontos.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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