As ações europeias operam em baixa nesta terça-feira (10), lideradas por mineradoras e empresas expostas à economia chinesa. Dados apontaram que as exportações da China desaceleraram em novembro, enquanto as importações diminuíram inesperadamente, sinalizando desafios para a segunda maior economia global. O mercado também ajustou suas expectativas para os próximos dados de inflação nos EUA e a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
O BCE deve divulgar sua decisão na quinta-feira, com a expectativa de um novo corte de 25 pontos-base na taxa de juros, marcando a terceira redução consecutiva. Essa perspectiva pressionou ainda mais os mercados.
Às 09h13 (horário de Brasília), o índice STOXX 600 caiu 0,09%, encerrando uma sequência de oito dias de ganhos. Entre os índices nacionais, o DAX da Alemanha subiu 0,09%, enquanto o CAC 40 da França caiu 0,51% e o FTSE 100 do Reino Unido perdeu também 0,51%.
Na esfera econômica, a inflação da Alemanha chamou atenção, atingindo a maior alta em quatro meses com um índice anual de 2,2% em novembro. Esse dado foi impulsionado por pressões no setor energético, mas permaneceu em linha com as estimativas preliminares, reforçando o foco nos próximos passos do BCE para combater os desafios inflacionários na zona do euro.
As mineradoras Anglo American, Antofagasta e Glencore lideraram as quedas, recuando entre 2% e 3%, refletindo o impacto das preocupações com a demanda chinesa. Empresas de luxo, como LVMH e Hermes, expostas ao mercado chinês, também caíram entre 1% e 2% em Paris. Ações de empresas britânicas, como Ashtead, despencaram 11% após anunciar a transferência de sua listagem para Nova York.
O setor de transportes trouxe um pouco de otimismo, com o FirstGroup subindo 4% após anunciar a aquisição da RATP London por £90 milhões. Entretanto, outras empresas enfrentaram quedas acentuadas: a alemã Delivery Hero caiu 8% com preocupações sobre sua subsidiária Talabat, e a TeamViewer recuou 9% após anunciar a compra da 1E por US$ 720 milhões.