Nesta segunda-feira (30), os mercados europeus operam em baixa, refletindo um clima de cautela nas negociações. Às 07h11 (horário de Brasília), o índice pan-europeu STOXX 600 registrou uma queda de 0,26%. O DAX alemão e o FTSE 100 do Reino Unido caíram 0,19% e 0,26%, respectivamente. O CAC 40 da França subiu ligeiramente, 0,03%.
Entre os destaques negativos, ações dos setores industrial, de mídia e tecnologia lideraram as perdas, enquanto os investidores ajustavam suas estratégias antes do feriado de Ano Novo.
Principais destaques corporativos
Entre as empresas que movimentaram o mercado, as ações da alemã BayWa (TG:BYW6) saltaram 18,60% com a notícia de um plano de reestruturação.
A italiana Eni (BIT:ENI) anunciou o início da produção da segunda fase do campo de petróleo Baleine, na Costa do Marfim. Já o CFO da Siemens Healthineers (TG:SHL) fez declarações sobre a revisão de sua participação na subsidiária de tecnologia médica.
Por fim, a Novartis AG (LSE:0K9E) revelou resultados satisfatórios de um estudo, mas suas ações permaneceram estáveis.
A alta nos rendimentos dos títulos nos Estados Unidos na última sexta-feira gerou preocupação, criando um ambiente de volatilidade global que repercutiu na Europa. Na Ásia, expectativas estavam voltadas para a divulgação do índice PMI industrial da China, influenciando empresas como LVMH (EU:MC) e Hermes International (EU:RMS), que abriram em baixa.
Cenário econômico europeu
A inflação continua sendo um tema central nas decisões de política econômica. Robert Holzmann, membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), indicou em entrevista recente que o BCE pode adiar o próximo corte de juros devido ao aumento persistente da inflação.
Na Espanha, dados do Instituto Nacional de Estatística revelaram uma alta na inflação anual harmonizada com a União Europeia, subindo para 2,8% em dezembro, acima das expectativas do mercado.
Na Itália, o Senado aprovou um orçamento para 2025 com foco na redução do déficit, cortes de impostos e controle da dívida pública.
Na França, o Ministro das Finanças, Eric Lombard, anunciou que o projeto de lei orçamentária de 2025 incluirá um déficit ligeiramente superior a 5%, buscando equilibrar medidas de austeridade e estímulo ao crescimento econômico.